AGU e BC pedem audiência pública sobre planos econômicos

Para instituições, valores até agora considerados nas ações que discutem o tema são conflitantes

Fonte: AGU

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A AGU e BC protocolaram parecer no STF na última sexta-feira (21) pedindo a realização de audiência pública para discutir a questão dos planos econômicos. O Supremo analisa a ADPF 165 e quatro RExts (Rext 626.307, 591.797, 631.363 e 631.363), com repercussão geral, que discutem o direito a diferenças de correção monetária de depósitos em caderneta de poupança em razão de alegados expurgos inflacionários decorrentes desses planos. O julgamento da questão teve início em novembro do ano passado, com as sustentações orais e a leitura dos relatórios, mas foi adiado e ainda não tem nova data.


Para a AGU e o BC, os valores até agora considerados nas ações que discutem o tema são conflitantes. Elas pedem a realização da audiência pública para colher declarações de pessoas com experiência e autoridade na matéria além da oitiva dos próprios amici curiae já admitidos no feito, para que tenham a oportunidade de se manifestarem sobre novos elementos carreados aos autos do processo após os debates orais.


Ao tratar dos novos elementos, as instituições fazem referência a pareceres econômicos que a Confederação Nacional do Sistema Financeira e outros peticionaram para que fossem juntados aos autos. Segundo a AGU e o BC, os referidos pareceres demonstram equívocos metodológicos constantes em parecer pericial nº 33, de 2010, mediante o qual teriam sido estimados os supostos lucros das instituições financeiras com os recursos das chamadas "faixas livres" no curso dos planos de estabilização monetária editados entre os anos de 1986 a 1991. Além disso, as instituições afirmam que os aludidos pronunciamentos técnicos esclarecem os prováveis impactos de eventual condenação com eficácia erga omnes pelo STF das instituições financeiras a reparar supostos prejuízos que teriam sido causados pelos planos de estabilização monetária.

Palavras-chave: direito econômico planos econômicos

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1 Comentários

Leandro Autônomo24/02/2014 20:10 Responder

Vc acredita nos bancos? Já os viram pagar ou ressarcir algo sem levar às últimas consequências? Então fica claro que eles farão o possível e o imoral para não pagar os poupadores. Eles tem lucro mensal de R$ 1BI e mentem sobre os valores que precisam ressarcir. A questão que o STF tem que julgar é jurídica. Se o julgamento for político será o fim da segurança jurídica no país e os bancos poderão livremente descumprir a constituição e 24 anos depois dizer que seria um risco para a economia ter que devolver o que apropriaram ilegalmente.

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