O advogado gaúcho Léo Jorge Woberto, 51 anos, foi morto na noite da última segunda-feira, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis (SC) com pancadas de extintor de incêndio na cabeça e golpes nas costas desferidos com um garfo de churrasco - segundo exame prévio realizado pelo Instituto Médico Legal (IML). Léo foi assassinado em sua casa e como objetos foram roubados da casa, a polícia trabalha com a hipótese de latrocínio, mas não descarta a possibilidade de ter sido um crime passional.

Segundo a dona-de-casa Iracilda Teixeira, vizinha da vítima, há um ano houve uma tentativa de assalto no local, com o disparo de um tiro. Conforme os moradores da rua, muitas festas eram realizadas na casa e o advogado recebia amigos com freqüência na residência.

Léo era registrado na Ordem dos Advogados (OAB) de Santo Ângelo (RS). Ele tinha uma empresa de construção civil na Capital. De acordo com investigadores da Polícia Civil, ele deixou a família no Rio Grande do Sul e veio sozinho para Santa Catarina. Em Florianópolis, conheceu Diógenes Claudino da Silva, 25 anos, e o convidou para morar com ele. Os dois viviam juntos há três meses.

Diógenes estava em casa com o amigo na noite do crime, "quando uma terceira pessoa entrou", diz o caseiro Valdir Bastos, que foi embora depois da chegada da visita. O que ocorreu dentro da residência somente Diógenes é capaz de explicar. Ele também teria ficado amarrado ao lado do corpo do amigo e, ao se desvencilhar, telefonou para a polícia. Diógenes está muito abalado, mas prestou depoimento, na manhã de ontem, na 10ª Delegacia de Polícia.

Ele é apontado pelos policiais como um dos suspeitos de co-autoria do crime. A sua prisão preventiva pode ser solicitada a qualquer momento. Quem matou o advogado ainda roubou sua camionete, a Chevrolet S-10, MCB-7418 (Florianópolis), um aparelho de DVD, um televisor e outros produtos. Mais tarde, o veículo foi abandonado na avenida das Rendeiras, na própria Lagoa da Conceição.