A 1ª Câmara Criminal do TJ manteve decisão da Comarca de Joinville que encaminhou para o Tribunal do Júri a responsabilidade pelo julgamento de Gildo Cruz, acusado de causar a morte de Célia Cassiano Tobia e ferimentos em sua filha, Gislaine Cassiano Ribeiro, em acidente de trânsito causado por embriagues e excesso de velocidade do réu.

Mãe e filha circulavam pela estrada de bicicleta. Os autos dão conta que, no dia 18 de julho de 2009, às 22 horas, Gildo tirou a vida de Célia e causou as lesões corporais em Gislaine. As testemunhas afirmaram que o réu, visivelmente embriagado, dirigia um Fiat Uno, em alta velocidade, quando colidiu com a bicicleta, que vinha no mesmo sentido, guiada por Célia e, na garupa, a filha desta, Gislaine, que parou dentro do Uno. Ele jogou a menor para fora, tentou fugir, mas, foi parado por populares que o detiveram e incendiaram o carro. Célia morreu no local.

O motorista responde a processo por homicídio doloso e lesão corporal cometidos ao volante. No apelo, inconformado, o recorrente disse que sua conduta não foi dolosa, posto que a vítima invadiu a pista, com sua bicicleta, em que Gildo trafegava e, então, se deu a colisão. Sustenta que não tinha intenção de provocar o resultado nem assumiu a possibilidade de provocá-lo, uma vez que não estava embriagado, nem vinha em velocidade alta.

"Apesar do que alega Cruz, ele foi pronunciado pela prática dos crimes de homicídio simples e lesão corporal na direção de veículo automotor, caracterizado o dolo eventual, uma vez que conduzia, sim, o veículo embriagado e em velocidade excessiva, de acordo com as provas do processo", anotou o desembargador Hilton Cunha Júnior, relator do recurso criminal. A decisão foi unânime.

RC 2009.064595-9