A Vara do Tribunal do Júri da Comarca da Capital, em sessão realizada na última terça-feira (02/03), condenou Rodrigo Silva Alves, vulgo "Rodriguinho", à pena de 14 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo homicídio praticado contra Manoel Pedro de Jesus, vulgo "Débora".

Segundo os autos, no dia 09 de setembro de 2006, o acusado, portando um revólver calibre 38 e a bordo de uma motocicleta, dirigiu-se à Rua Max Schramm, em frente ao estabelecimento Comercial Palácio das Tintas - no bairro Estreito, parte continental da Capital, conhecido ponto de prostituição - para averiguar se "Débora", com a qual mantinha um relacionamento amoroso, estava trabalhando.

O réu, ao perceber que a vítima conversava com um cliente, discutiu com ela, que por sua vez saiu correndo do local, gritando por socorro. Rodrigo, então, sacou um revólver e atirou em direção da vítima, atingindo-a na região lombar esquerda - causa eficiente de sua morte.

Para a acusação, o crime aconteceu por motivo fútil, uma vez que o acusado matou a vítima porque não aceitava que ela continuasse fazendo programas. Além disso, o réu usou de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que atirou pelas costas.

O júri foi presidido pelo juiz de direito Luiz Cesar Schweitzer e contou com a participação do promotor de justiça Luiz Fernando Fernandes Pacheco e dos advogados Isaac Matos Pereira e Robson Ney de Pinho, que atuaram na defesa do réu (Autos n.º 023.06.376448-5).