Mulheres são maioria no setor do Direito

Mas ainda são minoria nas ocupações de cargos de liderança

Fonte: Daniele Nunes

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Reprodução: Pixabay.com

Assim como as mulheres já são maioria em várias áreas da economia, no mundo do Direito também não é diferente. Do universo que era composto praticamente por homens há alguns anos, hoje é possível ver a diversidade nos quadros de algumas esferas deste mercado.


O principal exemplo disso é a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que conta com cerca de 700 mil mulheres inscritas, representando 51% da presença feminina. O mesmo ocorre entre as estagiárias da OAB (52%) e nas duas principais seccionais: Rio de Janeiro e São Paulo, que juntas somam quase 20 mil mulheres a mais entre os advogados.


Outro comparativo interessante é o perfil das mulheres por faixa etária. Segundo o Conselho Federal da OAB, a maioria das mulheres advogadas em atuação tem até 40 anos. A partir dos 41, os homens voltam a prevalecer. Entre os advogados e advogadas de 41 e 59 anos, 52,4% são homens; já a partir dos 60 anos, 66,3% dos são advogados.


A representatividade feminina também é baixa nas ocupações de cargos de liderança relacionadas à Justiça. Isso ocorre nas seccionais da OAB – das 27 unidades do país, apenas 5 são presididas por mulheres; e também nos Tribunais, seja Superiores, Federais Estaduais e do Trabalho – apenas 18 são presididos por mulheres. 


Já nos escritórios de advocacia, sejam eles grandes ou no estilo boutique, o cenário é de boa ocupação das mulheres. No Raphael Miranda | Mello | Raposo | Barbosa Advogados, por exemplo, a proporção já de 62%, incluindo advogadas e colaboradoras. “Gostamos de promover a presença de mais mulheres porque demonstra um compromisso com a igualdade de gênero e a inclusão. Elas trazem experiências, pontos de vista e habilidades únicas para a equipe, enriquecendo a tomada de decisões e a resolução de problemas”, diz Raphael Miranda, um dos sócios fundadores.


Para Daniele Nunes, sócia do escritório Leal Cotrim Advogados, a presença das mulheres no meio jurídico é fundamental para construção de soluções inovadoras e eficazes, mas só isso não basta. “É necessário adotar medidas destinadas a dar voz, oportunidade e poder de decisão às mulheres. Esse deve ser o objetivo que toda a sociedade deve buscar porque, no fim das contas, todos têm a ganhar”, completa.

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