TRT do Rio mantém empregados sem seus salários

Seriam cerca de 400 contratados da Locanty que estão sem receber desde novembro

Fonte: Jornal do Brasil

Comentários: (1)




No Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, órgão máximo no Estado para fazer cumprir as leis trabalhistas, algumas centenas de trabalhadores – seriam 400, segundo informações não confirmadas – trabalham sem receber seus salários.


Os atraso já totaliza três salários – o de novembro, de dezembro e o 13º - que até este último final de semana (19 e 20/01) não tinham sido disponibilizados. Trata-se de empregados da Locanty Comércio e Serviços Ltda., alguns deles já dispensado. A empresa tinha três contratos distintos com o TRT da 1ª Região (Rio de Janeiro).


Por conta da dispensa de alguns destes trabalhadores, entre os quais estariam telefonistas, sem o devido pagamento dos salários e verbas indenizatórias, o Ministério Público do Trabalho ingressou com uma Ação Civil Pública que tramitará na 18ª Junta do próprio TRT. Como a Locanty transformou-se em Infornova Ambiental e seus antigos donos estão se dividindo em novas empresas para despistar, o procurador do trabalho Marco Antônio Sevidane propôs a ação contra a velha Locanty e outros.


Dos três contratos assinados pelo TRT com a Locanty o mais antigo (nº 074/2007) dizia respeito justamente ao serviço de telefonistas. Assinado em dezembro de 2007, venceu em dezembro passado. Não houve a renovação e, segundo informações prestadas pelos atuais telefonistas, o TRT contratou uma empresa denominada Elos. Ao contrário do que costuma acontecer no serviço público, a nova empresa não aproveitou nenhum dos antigos trabalhadores que acabaram dispensados sem nenhum pagamento por parte da contratante, a Locanty. Procurada pelo Jornal do Brasil, a assessoria de imprensa do tribunal deixou de prestar informações porque o assunto não foi enviado por escrito.


O segundo mais antigo contrato, o nº 099/08, é datado de agosto de 2008 e serviu para os serviços de copeiros e garçons que atendem os aproximadamente 60 desembargadores e juízes convocados que compõem o plenário do Tribunal em seus gabinetes e nas sessões de julgamento que realizam. Oficialmente, este contrato vigora até o próximo mês de agosto.


Na página de “transparência” do TRT não se consegue visualizar os contratos assinados e nem detalhes de quantos trabalhadores terceirizados estão prestando serviços àquela corte. Os serviçais que atendem na copa e como garçons, entretanto, tiveram melhor sorte, segundo informações levantadas pelo JB. O tribunal descobriu uma forma de acertar os atrasados esta semana, para evitar que eles parem o serviço e interrompam o fornecimento de café, água e lanches aos desembargadores e juízes convocados.


O maior grupo de trabalhadores, segundo consta, é abrangido pelo contrato nº 199/10, assinado em fevereiro de 2011 e com prazo de duração até o próximo mês de agosto. Este contrato atende todos os prédios do tribunal espalhados pelo Estado do Rio com equipes que fazem a manutenção e a limpeza. Este pessoal é o mais sacrificado, pois continua prestando serviços sem ter recebido os dois últimos salários e o 13º de 2012.

Palavras-chave: Direitos trabalhistas; Atraso salarial; Judiciário; Terceirização

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/trt-do-rio-mantem-empregados-sem-seus-salarios

1 Comentários

Ana Advogada15/03/2013 12:10 Responder

Diante do inadimplemento da empresa e isto já acontecendo há varios meses, é necessário ser investigado como foram realizados os contratos da empresa com o TRT.

Conheça os produtos da Jurid