Segunda Turma reconhece legitimidade de poder investigatório do MP

Para ministro ?a investigação deve ser feita por um órgão que sobrepaire a instituição policial?

Fonte: STF

Comentários: (2)




Em decisão unânime, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido de Habeas Corpus, ajuizado em favor de um policial militar acusado de suposta prática de tortura, juntamente com outros militares, contra adolescentes apreendidos na posse de substâncias entorpecentes. A defesa pedia o arquivamento da ação penal, argumentando que o Ministério Público não teria legitimidade para a coleta de novas provas e para apuração dos fatos.


Segundo o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, a atividade investigativa do Ministério Público já é aceita pelo STF. “O tema está pendente de solução no Plenário, mas a questão aqui é típica”, disse o relator. Nesse sentido, o ministro afirmou que a tortura praticada por policiais militares já possui diversas manifestações na Segunda Turma no sentido de que “a investigação deve ser feita por um órgão que sobrepaire a instituição policial”.


No entendimento do relator, é justificada a atuação do MP diante da situação excepcionalíssima constatada nos autos: “A atividade investigativa supletiva do MP ante a possibilidade de favorecimento aos investigados policiais vem sendo aceita em recentes pronunciamentos desta Corte”. O ministro finalizou seu voto no sentido de negar a ordem afirmando que o MP é um órgão com “poder de investigação subsidiária em casos em que é pelo menos plausível a suspeita de que falha a investigação policial”.


Controle externo


Ao proferir seu voto, o ministro Ayres Britto reforçou o entendimento de que “perante a polícia, o MP até tem o controle externo por expressa menção constitucional”. Afirmou ainda que “esse controle externo que a Constituição Federal adjudicou ao MP, perante a polícia, não tem nada a ver com as atividades administrativas interna corporis da polícia”.


O ministro Celso de Mello também frisou em seu voto que reconhece a legitimidade constitucional do poder investigatório do MP, “especialmente em situações assim”.

 

Palavras-chave: MP; Legitimidade; Habeas Corpus; Investigação

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/segunda-turma-reconhece-legitimidade-de-poder-investigatorio-do-mp

2 Comentários

LAURO FARIA MATOS JUNIOR Delegado Geral de Policia09/12/2010 3:43 Responder

Eu não aguento este GILMAR MENDES com suas decisões, sempre polêmicas. Eu não gosto dele e não tenho que gostar, é um Promotor recalcado porque não conseguiu ser Juiz, como aquele TOFFOLI que não conseguiu nenhum cargo público por concurso, custou a passar na prova da OAB e ainda é indicado Ministro pelo LULA. Dá ?!...Eu quero ver é um membro do Ministério Público sair às ruas, enfrentar um bandido \\\"cara a cara\\\" como fazemos, subir numa favela e fazer uma investigação \\\"que sobrepaire a instituição policial?.

Floriano Queiroz de Oliveira Contador12/12/2010 18:09 Responder

Alguns Membros do STF, uns na mídia e outros na política, querem aparecer estão mais na mídia do que na Suprema Corte. Decisões como esta que vem de contra aos doutrinadores \\\"Cód.Proc.Penal Comentado Guilherme de Souza Nucci, Pag.69 sobre o MP \\\" O que não lhe é constitucionalmante assegurado é produzir sózinho a investigação, denunciando a seguir quem considerar autor de infração penal.\\\" Quanto a opinião de que sobrepaire a instituição policial desacreditando, colocando em dúvida o trabalho policial, então, sendo o MP, órgão de superior hierarquia e credibilidade, seus representantes deveriam participar das ações policiais de confronto para dar legitimidade ao trabalho.

Conheça os produtos da Jurid