Renan Calheiros defende plebiscito, mas diz que decisão final é do Congresso

Para senador, proposta deve ser aprovada logo

Fonte: Senado Federal

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O presidente do Senado, Renan Calheiros, defendeu nesta quarta-feira (3) a realização do plebiscito sobre a reforma política, sugerido pela presidente Dilma Rousseff, mas ressaltou que a decisão final cabe ao Congresso Nacional.


De acordo com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmem Lúcia, seriam necessários, no mínimo,  70 dias para viabilizar o plebiscito, após a aprovação do decreto legislativo pelo Congresso Nacional.


O presidente do Senado disse que a afirmação da ministra foi apenas uma hipótese diante da aprovação do decreto legislativo.


"Eu defendo o plebiscito, mas, sinceramente, nós não sabemos se ele [o projeto de decreto legislativo] será aprovado. O que eu entendo é que tudo o que vier no sentido de ajudar a aprovar a reforma política, para mudar a política no Brasil, isso tem que ser recebido de braços abertos", disse Renan.


Para o senador, é importante que o projeto de decreto legislativo seja aprovado logo. Segundo Renan Calheiros, o projeto deverá começar a tramitar pela Câmara dos Deputados e depois seguir para o Senado. Se o texto for alterado no Senado, terá que voltar para a Câmara.


Prazo suficiente


O líder do PT, senador Wellington Dias (PT-PI), afirmou ser viável realizar o plebiscito. Para ele, o prazo de 70 dias, estabelecido pelo TSE, é suficiente para esclarecer a população sobre os temas da consulta. Wellington comparou a situação ao período de propaganda eleitoral de 45 dias que, segundo ele, é suficiente para fornecer informações aos eleitores.


"A população, ao contrário do que a gente pensa, já tem noções, tem inclusive iniciativas de proposta para o Parlamento sobre a reforma política", disse o senador.


Para Wellington Dias, a reforma política não resolve tudo, mas dá uma grande resposta aos anseios da população. Na opinião do senador, como o Congresso Nacional tenta fazer, sem sucesso, a reforma política há cerca de 30 anos, o plebiscito talvez aponte o caminho certo para realizá-la.


Passe livre


Renan Calheiros disse ainda que o PLS 248/2013, que estabelece o passe livre nos transportes coletivos para estudantes, não deve ser votado nesta quarta-feira. Segundo Renan, o relator da matéria, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), designado informalmente, pediu um prazo maior para analisar a fonte de recursos que vai custear a implantação da medida.

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1 Comentários

Andréa Guimarães advogada04/07/2013 16:47 Responder

Querem desvirtuar o sentido das manifestações populares. O povo não quer responder sobre reforma política no plebiscito. Caso seja feito o referido plebiscito, que sairá uma fortuna para sua viabilização, que sejam feitas as perguntas que o povo realmente quer responder, como sobre a pena de morte, prisão perpétua, ambos para crimes hediondos; extinção da redução de pena quando da execução de sentença; diminuição da maioridade penal. O que parece, é que estão aproveitando a oportunidade das manifestações populares, e como massa de manobra, usando esse momento para através de um plebiscito aprovar as reformas políticas que alguns partidos políticos almejam. Vamos Acordar!

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