Relator e revisor do mensalão voltam a se estranhar em plenário

Os ministros discordaram sobre o direito que cada um tem de falar após o voto do outro

Fonte: Agência Brasil

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Responsáveis pelos principais votos no julgamento do mensalão, o relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski voltaram a se estranhar no final da sessão desta quinta-feira (23), no Supremo Tribunal Federal (STF).


Repetindo o mal-estar do debate sobre o fatiamento dos votos, desta vez, os ministros discordaram sobre o direito que cada um tem de falar após o voto do outro. Tudo começou quando, ao final da sessão de hoje, Barbosa disse que queria “esclarecer alguns pontos” do voto de Lewandowski.


Contrariado, o revisor disse que só aceitaria “a réplica se tivesse a tréplica”, mas a proposta não foi bem acolhida pelo presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, responsável por dirigir o julgamento. “Se ficarmos no vaivém no termo dos debates, não terminaremos nunca”, justificou o presidente.


Ayres Britto disse que o relator tem o direito de falar após o revisor porque tem uma certa “proeminência” no processo, o que provocou indignação de Lewandowski. “Temos uma concepção diferenciada sobre o papel do relator e de revisor”, disse o ministro, que prometeu se ausentar do plenário durante a fala de Barbosa caso não seja autorizado a falar novamente.


A discussão só foi encerrada após intervenção abrupta do presidente enquanto Lewandowski ainda reclamava, pedindo que a proposta da tréplica fosse levada a plenário. No final da sessão, o revisor foi acalmado em conversa reservada com os ministros Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Antonio Dias Toffoli.

Palavras-chave: Desentendimento; Supremo; Julgamento; Mensalão; Voto fatiado

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5 Comentários

Jorge Administrador24/08/2012 15:03 Responder

Por que não pedem logo a pizza?

Valesca Rocha Álvares estudante de direito24/08/2012 15:28 Responder

Será que esses digníssimos senhores não percebem a importância deste julgamento? Não percebem que a credibilidade do judiciário está em xeque? O que eles querem? Que a população se levante e os expulse? Já há precedentes na história, então, que tenham cuidado. O povo já não aguenta mais tanta barbárie!

Bruno advogado24/08/2012 22:20 Responder

Poxa um pizza ia bem, acho que o \\\"Levanfroides\\\" ia adorar.;

fernando menezes botelho contribuinte 24/08/2012 23:17

cadê os caras pintadas que colocaram essa quadrilha no poder, não seria o momento certo de se fechar o STF?

Robson Sinomar Consultor25/08/2012 1:21 Responder

A operação do Direito deve ser feita de modo equilibrado, sem preconcepção de culpados ou inocentes. A justiça se pratica avaliando-se um fato concreto nos mais variados aspectos, pois até a velha sabedoria popular sabe que nem tudo que reluz é ouro ou que ser semelhante não é ser igual. No processo penal contra múltiplas autoridades e não autoridades, não cabe a simetria (princípio referente mais a semelhanças do que a igualdades). É a famosa analogia que se emprega com frequência na aplicação de jurisprudências, valendo-se dos princípios lógicos que podem ser assemelhados na natureza teleológica (finalidade que se quer atingir), mas que não são necessariamente de situações iguais. Portanto, nós cidadãos, não devemos nos contrariar contra interpretações que se contrapõem às expectativas formadas como espectadores ou expectantes (eis aqui uma simetria). Não fosse assim, nem haveria necessidade dos 11 julgadores do STF, bastaria um sorteado para exercer o privilégio de declarar culpados ou inocentes, em juízo singular.

ARIOCI N. M. BACHAREL26/08/2012 17:02 Responder

Quero dizer a todos que a diferença está naquele que não tem o rabo preso \\\" Joaquim Barbosa \\\" eo que tem que condenar os amigos que foram pegos com a mão na botija \\\" Ricardo Lewandowski \\\" não podemos esquecer que ele e outros Ministros foram visitados por LULA ANTES DO INICIO DO JULGAMENTO, para que o mesmo não fosse realizado este ano.

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