Quadrilha que explodiu caixa eletrônico em Goiás é condenada a 60 anos de prisão

Réus também terão que reembolsar valor roubado

Fonte: Estado de S. Paulo

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A juíza da comarca de Vianópolis, interior de Goiás, Marli de Fátima Naves, condenou, a quase 60 anos de reclusão, quadrilha que explodiu caixa eletrônico do Banco Bradesco, na cidade de São Miguel do Passa Quatro. Eles terão, também, de reembolsar o valor roubado.


O crime ocorreu na madrugada de 7 de julho de 2013 quando o bando, fortemente armado, fez oito pessoas de reféns e roubou mais de R$ 50 mil da instituição, utilizando três carros.


As penas foram individualizadas e os réus tiveram analisadas sua conduta social, antecedentes criminais e participação no roubo.


Para a magistrada, a materialidade do fato ficou comprovada por meio das declarações das vítimas e de boletim de ocorrência. Os réus alegaram que a denúncia não conseguiu apontar qual a participação de cada um deles na empreitada, mas, de acordo com Marli de Fátima, a conduta individual ficou clara por meio dos depoimentos de testemunhas. Para a magistrada, ao levantar essas dúvidas os réus pretendiam não apenas se livrar da pena, mas "se valer do preparo e organização da quadrilha para alimentarem o crime organizado, a impunidade e a insegurança local".


Para a juíza, o grupo é formado por criminosos inteligentes, conhecedores, ainda que minimamente do direito e, por isso, tentam se proteger para não serem identificados e gozar de impunidade de suas condutas. “Ora, o ordenamento jurídico não deve ser interpretado nesse sentido”, asseverou a magistrada.


Ela observou, ainda, que o emprego de arma, não só mostra maior periculosidade por parte dos réus, como também maximiza a ameaça às vítimas. No caso em questão, ficou comprovado que as armas utilizadas eram pesadas, de grosso calibre, o que demonstra, a seu ver, a ousadia dos acusados e o perigo com que eles agiam.


Consta dos autos que Adriano, Leandro, João Paulo, Rodrigo, Renato e Jonatha, abordaram, na ocasião, oito pessoas que estavam no “Bar da Lola”, na cidade, e ordenaram que todos tirassem a camisa e ficassem de costas para a parede, com as mãos na cabeça.

Palavras-chave: direito penal materialidade

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