Presidente da TAM nega pressão da empresa para liberação de linhas em Congonhas

Liberação de linhas em Congonhas.

Fonte: Agência Senado

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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, nesta quinta-feira (2), o presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, negou que a empresa tenha exercido qualquer tipo de pressão sobre os órgãos reguladores do setor com o objetivo de obter permissões para operar em aeroportos congestionados.

Assegurando que uma das maiores preocupações de sua companhia é procurar colocar os serviços nos locais onde existam demandas, o comandante da TAM criticou os órgãos de aviação pela não execução de inúmeras obras planejadas no setor de infra-estrutura aeroportuária, tais como a construção de uma terceira pista no Aeroporto de Guarulhos e a ligação por trem do aeroporto de Viracopos, em Campinas, com a cidade de São Paulo.

- Nós nunca forçamos a utilização como operadora de um ou outro aeroporto. A gente procura colocar serviço onde existe demanda dentro de um regramento autorizado, há alguns anos, pelo DAC, e hoje, pela Anac e pela própria Infraero - disse Marcos Bologna.

Respondendo a questionamentos do presidente da CPI, senador Tião Viana (PT-AC), Marcos Bologna afirmou ainda que as tripulações das aeronaves da TAM cumprem escalas de serviços regulares, com limite total de horas especificado por ano, trimestre e mês. Ele explicou ainda que o número de assentos dos aviões de sua companhia tem homologação do próprio fabricante, com a mesma configuração de muitos aviões Airbus utilizados pela empresa Air France.

Com relação ao fato de o vôo 3054 da TAM ter pousado em Congonhas com um dos reversos travados, Bologna lembrou que o os aviões Airbus, da frota da TAM, têm a possibilidade técnica de aterrissarem até mesmo com dois reversos inoperantes, ao contrário de algumas aeronaves Boeing utilizadas pela companhia aérea Gol. Ele disse também desconhecer ações de pilotos movidas contra a sua companhia em razão de assédio moral, forçando-os a pousar em aeroportos em condições precárias de segurança.

Anac

Falando também à CPI, o presidente a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, considerou adequada a extensão da pista do Aeroporto de Congonhas. Ele lembrou que muitos aeroportos no país têm pistas de mesmo cumprimento ou até menores, como é o caso do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

- Quanto ao tamanho da pista de Congonhas, se formos considerar pequena vamos ter fechar um conjunto deaeroportos no Brasil - disse Zuanazzi.

Ele ressaltou que uma parte significativa de problemas que vieram a ser denominados de "apagão aéreo" deveu-se a vários fechamentos do Aeroporto de Congonhas em razão da ocorrência de fortes chuvas.

Discordando de ponto-de-vista manifestado em pergunta formulada pelo relator da CPI, Demóstenes Torres (DEM-GO), Zuanazzi disse não ser competência da Anac realizar uma fiscalização intensiva, e não apenas por amostragem, das manutenções realizadas nas aeronaves das companhias de aviação. Ele argumentou que para a realização de fiscalização efetiva a Anac precisaria de pelo menos 10 mil funcionários, bem mais que os cerca de 1.700 atuais.

Palavras-chave: Congonhas

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