Presas advogadas suspeitas de ajudar organização que age em presídios

Para promotores, elas repassam recados de criminosos e movimentam dinheiro do crime. No total, seis pessoas foram presas na Operação Primadonna, deflagrada em SP.

Fonte: G1

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Para promotores, elas repassam recados de criminosos e movimentam dinheiro do crime. No total, seis pessoas foram presas na Operação Primadonna, deflagrada em SP.

Depois de quase sete meses de investigação, o Ministério Público de São Paulo chegou ao braço jurídico da quadrilha que age dentro dos presídios do estado. Duas advogadas foram presas nesta sexta-feira (25). Para os promotores, elas repassam recados de criminosos e movimentam dinheiro do crime. No total, seis pessoas foram presas.

O nome da operação, batizada de Primadonna, se deve ao fato de cinco dos mandados de prisão terem sido expedidos contra mulheres. Hotéis, casas e uma favela foram cercadas logo cedo em três regiões do estado. As primeiras foram presas em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

Uma das suspeitas é mulher de um preso responsável pela contratação de advogados que trabalham para a quadrilha que age de dentro das prisões paulistas. Outra das detidas é cunhada do mesmo presidiário. O único homem preso é suspeito de comandar o tráfico de drogas na Zona Sul de São Paulo.

?Essas pessoas foram presas em virtude do cumprimento de mandado de prisão judicial temporária expedido pela 4ª Vara Criminal por conta de crimes de formação de quadrilha e tráfico de drogas?, informou o agente de Promotoria Marcelo Gomes. A participação de duas das suspeitas, segundo o Ministério Público, era na lavagem de dinheiro.

Braço jurídico

Na região de Presidente Prudente, a 557 km de São Paulo, a ação começou na casa de uma advogada, que foi presa. Outra advogada detida se hospedou em um hotel. Nesta sexta-feira, visitaria um detento no presídio de Presidente Venceslau, onde estão os chefes da quadrilha.

A investigação aponta que as advogadas, além de defender os bandidos, prestavam outros serviços para a facção criminosa. O escritório de uma das advogadas, que funciona no Centro de São Paulo é apontado como centro de administração jurídica e financeira da quadrilha. Segundo os promotores, o escritório acompanha processos de presos perigosos e a movimentação de contas bancárias que, agora, vão ser investigadas.

Policiais e promotores também vasculharam o escritório. Como o alvo era uma advogada, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil acompanhou a operação. Depois de 1h30, os agentes saíram com três computadores, pastas com prontuários de criminosos e documentos sigilosos que podem comprovar a movimentação do dinheiro do crime.

Policiais e promotores também vasculharam o escritório. Como o alvo era uma advogada, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil acompanhou a operação. Depois de 1h30, os agentes saíram com três computadores, pastas com prontuários de criminosos e documentos sigilosos que podem comprovar a movimentação do dinheiro do crime.

Na casa de uma das advogadas, foram apreendidos R$ 35 mil. O Ministério Público vai investigar de onde veio o dinheiro. Por volta das 13h, as duas estavam em uma delegacia de Presidente Prudente. As mulheres, segundo informação da TV Fronteira, foram transferidas para a capital no início da tarde desta sexta-feira. Elas responderão processo por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

A última mulher foi presa numa favela da Zona Sul de São Paulo. Ela é suspeita de envolvimento com traficantes de droga da mesma quadrilha.

Palavras-chave: advogada

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