Por que o drama de Santa Maria é tão brasileiro?

Um ano se passou desde a tragédia e nada mudou. Ao contrário, a cultura de que dar um jeitinho é mais legal do que seguir as regras continua a prevalecer

Fonte: Exame

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Há uma relação direta entre o incêndio na boate Kiss e outros dramas tipicamente brasileiros que se repetem todo ano no país.


O filósofo Mario Sergio Cortella chama de "cidadania otária": a mania de achar que a imprudência é admirável, que a fila na frente da boate indica que a festa está boa, não que a superlotação é arriscada.


Um ano se passou desde a tragédia e nada mudou. Ao contrário, a cultura de que dar um jeitinho é mais legal do que seguir as regras continua a prevalecer.


Conversamos com uma antropóloga, um filósofo, um engenheiro, sobreviventes da Kiss e o pai de uma das 242 vítimas da boate e a conclusão generalizada foi: se não houver mudança, o drama vai se repetir.


Luismar da Rosa Model, psicólogo e ex-atendente de bar da boate Kiss, afirma que durante um tempo os jovens santa-marienses mostraram mais cautela na balada, mas, depois de um tempo, tudo voltou a ser como era antes.


Sobrevivente do incêndio, o psicólogo voltou a fazer bicos como atendente de bar em Santa Maria.


"A parte da consciência é meio utópica porque funciona até certa medida e depois entra o ditado popular de que é difícil o raio cair duas vezes no mesmo lugar. A cultura noturna de 'o lugar está explodindo de gente então a festa está boa' acabou retornando.

Palavras-chave: boate kiss tragédia de santa maria

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