Olho na bomba na hora de abastecer o carro

Fonte: IDEC

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Os postos de combustíveis estão no topo do ranking de reclamações do Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo (Ipem-SP) por problemas de adulteração volumétrica, ou seja, quando o postos coloca no tanque menos combustível do que o indicado na bomba. Para não ser lesado e pagar por aquilo que não está levando, o órgão alerta que o consumidores precisa estar atento na hora de abastecer o carro, especialmente em relação às condições da bomba. O consumidor carioca precisa ter atenção redobrada, já que o estado não possui fiscalização diária, como acontece em São Paulo. As vistorias no Rio são trimestrais ou quando é registrada alguma denúncia pelo 0800-2823040.

O Ipem-RJ informou que até maio deste ano foram vistoriados cerca de dois mil postos, e cem destes foram autuados por irregularidade na bomba. Em São Paulo, até maio foram realizadas 3.848 vistorias em postos, com 307 autuações, além de 30.890 bombas medidoras fiscalizadas, com 903 autuações. Do total de 326 queixas recebidas pela ouvidoria do Ipem-SP, de janeiro a março deste ano, 16,9% se referiam a adulteração volumétrica na bomba.

? Pela legislação, para cada 20 litros de combustível há uma tolerância de 100ml, mas nas fiscalizações já encontramos diferenças de até quatro litros. O consumidor precisa estar muito atento porque esse tipo de fraude é mais difícil de se detectar, já que o carro não apresenta problemas no motor, como ocorre quando o combustível é adulterado ? alerta o diretor de fiscalização do Ipem-SP, Pedro Luiz Montini.

Na fiscalização, os técnicos do Ipem checam a metrologia das bombas e verificam se o equipamento possui o lacre do próprio órgão e o selo do Inmetro. A falta de lacre pode indicar que o consumidor está sendo lesado. A ausência do lacre no eliminador de ar e gases, equipamento obrigatório que evita a formação de bolhas no líquido, por exemplo, pode significar que a bomba registra as bolhas como combustível durante o abastecimento. Ou seja, o consumidor, literalmente, coloca ar no tanque em vez de combustível.

Uma outra falha na bomba que pode lesar o consumidor é o defeito no interloque, interruptor que liga e desliga o dispositivo de contagem dos litros a serem pagos. Em um abastecimento, quando o frentista retira o bico da mangueira e o posiciona no tanque dos carros, o interloque automaticamente retorna a contagem dos litros ao zero. Se o interloque não estiver lacrado, ele pode ser alterado para a bomba contabilizar o abastecimento anterior na conta do próximo cliente.

? Ao abastecer, o consumidor deve verificar se os campos que marcam os litros e o preço a pagar estão zerados. O cliente também deve estar do lado de fora do carro para acompanhar o trabalho do frentista. Alguns agem de má-fé e, ao invés de colocar o bico da mangueira no tanque, despejam parte do combustível em um recipiente colocado próximo ao veículo ? afirma Montini, acrescentando que a bomba deve exibir o selo holográfico do Inmetro, que pode ser de 2004 ou 2005, sendo ambos válidos porque a troca é anual.

O diretor de fiscalização do Ipem-SP explica que nem todos os modelos de bomba têm os lacres do Ipem aparentes. Em alguns equipamentos, eles são internos. Mas, se o consumidor visualizar um lacre vermelho, deve evitar abastecer, pois ele indica que a bomba está com alguma irregularidade. Se o equipamento estiver com o vidro do visor quebrado ou sem ele, também não pode ser usado pelo posto.

Dependendo da irregularidade e da reincidência, o Ipem-SP informa que os postos podem ser multados em até R$ 50 mil e ter as bombas lacradas. Já o Ipem-RJ diz que a multa pode chegar a R$ 500 mil. Se desconfiar de uma fraude de adulteração volumétrica, o consumidor pode exigir que o posto faça o teste com o aferidor volumétrico. O equipamento, um cilindro de medida de 20 litros, é obrigatório.

? Todo posto de gasolina é obrigado a ter um medidor de volume de 20 litros, que também é calibrado pelo Ipem ? afirma Montini.

ONDE RECLAMAR

O Instituto de Nacional de Metrologia atende às denúncias de produtos com peso diferente do que consta na embalagem e produtos sem o selo do Inmetro. Cartas para a Rua Santa Alexandrina 416, telefax: 2563-2970

(Fonte: O Globo)

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