OAB pede apuração de suposta agressão a morador de rua em Ribeirão

Presidente da comissão da OAB, Anderson Romão Polveiro, ouviu um morador de rua na companhia de assistentes sociais e, com base no relato, enviou os pedidos de abertura de investigação aos órgãos competentes

Fonte: Folha de S. PauloFolha

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Moradores de rua de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) afirmam que têm sido alvo de violência e maus-tratos praticados por oficiais da Polícia Militar e também por membros da GCM (Guarda Civil Municipal).


As denúncias chegaram à comissão de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Ribeirão Preto, que fez um pedido oficial de abertura de investigação criminal sobre o caso ao Ministério Público Estadual e à Corregedoria da Polícia Militar.


A Polícia Militar afirmou que as acusações estão sendo investigadas e acompanhadas pela Corregedoria.


Já a GCM não recebeu representação da OAB, mas disse que não há registro de abuso contra moradores de rua e que não faz abordagem violenta.


O presidente da comissão da OAB, Anderson Romão Polveiro, ouviu um morador de rua na companhia de assistentes sociais e, com base no relato, enviou os pedidos de abertura de investigação aos órgãos competentes.


De acordo com Polveiro, o morador relatou situações de violência e truculência contra a população de rua.


Os moradores de rua ouvidos pela Folha relataram que os supostos casos de agressão aconteceram nas praças das Bandeiras e Francisco Schmidt, além da rua Sete de Setembro, todos os locais na região central da cidade.


Afirmaram, ainda, que estão sendo vítimas de abuso desde o início do ano.


João (fictício), 36, afirmou ter sido vítima de violência de policiais militares e de guardas-municipais e que já apanhou mais de uma vez.


"Chegaram colocando fogo nos colchões e rasgaram nossas roupas. Disseram que não podíamos ficar na praça da Catedral. Era para a gente 'caçar' outro lugar para ficar", afirmou o morador de rua.


Segundo ele, os moradores estão assustados e, para não ficarem nas praças centrais, têm buscado casas abandonadas para pernoitar.


O padre Clésio Lúcio Boeniaris, que dirige o Núcleo de Solidariedade Dom Helder Câmara, que atende moradores de rua, disse que muitos chegam ao local com marcas de agressões no corpo.


Já vi policiais militares ameaçarem moradores na minha frente. "Disseram que iam pegá-los de madrugada e eu ainda indaguei se não tinham vergonha de falar isso na frente de um padre", disse.

Palavras-chave: oab denúncia direitos humanos direito público agressão

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