A própria contradição fez A.A.C. perder a ação com pedido de indenização por danos materiais e morais contra A.C. e V.P.. Ele recorreu à Justiça depois de quebrar a perna em incidente em São Lourenço do Oeste, em 11 de dezembro de 2007, durante uma partida de bocha, ocasião em que se desentendeu com V.P., que teria tentado agredi-lo. A.C. teria segurado A.A.C. e caído sobre ele, o que fez com que o autor quebrasse a perna, com necessidade de colocação de platina. A.A.C. ficou incapacitado por 90 dias.

Ele afirmou que Velocindo queria provocar briga e pegou uma garrafa para atingi-lo, momento em que A.C., em vez de apartar a briga, o puxou, quando então caiu e fraturou a perna. O relator, desembargador Guilherme Nunes Born, observou, porém, que as provas não mostraram conduta ilícita de C.P. e A.C., e apontou o registro feito no boletim de ocorrência. Nele, A.A.C. afirmou ter pisado em uma bocha e, por isso, A.C. caiu com o joelho sobre sua perna. Em juízo, o autor alterou sua declaração e disse que não sabia se tinha pisado na bocha, para em seguida negar o fato.

“Portanto, percebe-se com clareza, nos autos, a ausência de prova robusta e convincente de que os apelados tenham agredido o apelante a ponto de causar-lhe a fratura na perna esquerda, pois, pelo contrário, nota-se que as provas produzidas demonstram que a queda do apelante deu-se por culpa exclusiva deste, ao não observar que estava pisando em uma bocha", concluiu o relator. A decisão da Câmara Especial Regional de Chapecó foi unânime.
 
 
 
Apelação Cível nº 2010.064665-6