Mulheres são chave para a vitória nas eleições de 2022
Por Denilde Oliveira Holzhacker, cientista política e professora do curso de Relações Internacionais da ESPM.
Na avaliação da cientista política Denilde Oliveira Holzhacker, professora do curso de Relações Internacionais da ESPM, as duas candidatas mulheres, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União), conseguiram se destacar no primeiro debate presidencial, realizado no último domingo (29) e levantaram a bandeira pelas mulheres nas eleições de 2022.
Ela ressalta que a questão feminina é importante e deve fazer parte do debate das campanhas, pois a maioria do eleitorado é do sexo feminino. “Isso faz com que as mulheres tenham um peso grande no processo de decisão e estejam preocupadas sobre a disputa e os temas que afetam seu cotidiano. Não, só as questões da pandemia, a saúde e o tratamento que vem sendo dado às pessoas são primordiais para elas e suas famílias. Mas, também, a economia e a educação, e o que juntas representam no dia a dia. Muitas mulheres são as principais responsáveis por toda a renda familiar, representam um grupo que gerencia diretamente o orçamento doméstico e criam seus filhos, muitas vezes sozinhas. Tudo isso gera uma preocupação sobre temas sensíveis que rodeiam o universo feminino”, explica Denilde.
A disputa pelo voto feminino tem peso e uma rejeição alta. Não atrair o voto dessa parcela acaba sendo um elemento de fragilidade para as campanhas. Segundo a especialista, todas as estratégias que envolvem as disputas por presidência, governos, e câmara e senado, passam e reforçam suas agendas para que tenha impacto na parcela das eleitoras.
Denilde destaca que o papel e importância da mulher na sociedade pressiona as candidaturas a fazerem propostas que atendam às suas necessidades nos mais variados âmbitos. “Isso tem sido explorado nos últimos anos, mas que no pós-pandemia ficou ainda mais forte como movimento de participação da mulher, entrando no debate que existe hoje sobre maior inclusão na sociedade, na economia e no ambiente político”, conclui Denilde.
A especialista está disponível para comentar o assunto.
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