MPRJ requer prisão temporária de enfermeira que aplicava silicone em pacientes de forma ilegal

Denúncia contra a enfermeira foi feita pelos maridos de pacientes. Mulheres tiveram reações adversas ao implante e encontram-se internadas

Fonte: MPRJ

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) requereu à Justiça a prisão temporária da enfermeira F.O.V., concedida na última quinta-feira (29/03). Ela se apresentou na 64ª DP (São João de Meriti) no dia seguinte. F.O.V. é investigada por lesão corporal gravíssima, exercício ilegal da medicina e falsificação de produtos para fins médicos ou terapêuticos. De acordo com o titular da 8ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, Rogério Lima Sá Ferreira, a enfermeira é investigada pela aplicação de silicone e metacrill (implante injetável) nas nádegas de mulheres na Baixada Fluminense e na Zona Sul da Capital.


A denúncia foi feita por maridos de pelo menos três pacientes de F.O.V., que tiveram reações adversas aos implantes e encontram-se internadas, com a pele necrosada, no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. A investigação, ainda em fase de inquérito na delegacia, apura se foi utilizado um tipo de silicone, mais barato, usado apenas na indústria. Mandado de busca e apreensão cumprido na última semana encontrou medicamentos, luvas, agulhas, receitas, cheques e documentos datados desde 2005, o que pode ser um indício de que as aplicações seriam feitas desde essa época.


"Há forte suspeita de mistura de materiais e medicamentos por uma profissional que atuaria em casa, sem habilitação para tal prática. Serão ouvidas testemunhas, entre elas, os médicos que atenderam as vítimas. Muitas vezes as mulheres ignoram um risco grave e se expõem a aplicações que seriam mais baratas em comparação a um procedimento cirúrgico para implante de silicone", explicou o Promotor de Justiça.

Palavras-chave: Necrose; Pele; Silicone; Cirurgia; Estética; Custo; Ilegalidade; Saúde

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