MPF denuncia quadrilha por tráfico internacional de drogas em cruzeiros marítimos

A quadrilha se instalou no Brasil em razão da posição estratégica do país, que permitia a aquisição da droga em outros países da América do Sul para exportar a droga para a Europa através dos portos brasileiros

Fonte: UOL

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O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou 29 pessoas por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. A quadrilha era formada em sua maioria por cidadãos oriundos da ex-República da Iugoslávia. Os acusados foram investigados na operação Niva, da Polícia Federal, que resultou na apreensão total de 620 kg de cocaína e cerca de R$ 2 milhões decorrentes das transações do grupo. Se forem condenados, os réus podem pegar penas que chegam a até 13 anos de prisão.

 
A organização criminosa era sediada em São Paulo e usava o Brasil como rota de passagem de carregamentos de cocaína adquiridos em países da América do Sul, principalmente Bolívia, com destino à Europa e à África do Sul. Para isso, utilizava navios de carga e turismo.

 
A quadrilha operava em vários Estados Brasileiros. Dos 29 denunciados, seis agiam no núcleo que operava no Espírito Santo e cinco pessoas em Estados do norte do país. A Justiça Federal desmembrou as denúncias relativas a esses réus e as remeteu para os Estados correspondentes.

 
A investigação teve início a partir de informações encaminhadas pela agência inglesa Serious Organized Crime Agency (SOCA), que davam conta da  investigação realizada na Sérvia, que tinha por objetivo reunir elementos para desarticular e identificar os membros de uma organização criminosa, formada em sua maioria por cidadãos da ex-República da Iugoslávia, voltada à prática de tráfico internacional de drogas para a Europa.

 
A quadrilha se instalou no Brasil em razão da posição estratégica do país, que permitia a aquisição da droga em outros países da América do Sul para exportar a droga para a Europa através dos portos brasileiros.


Métodos


A droga era transportada por tripulantes dos navios, escondida em suas vestimentas ou mochilas e, também, através do método conhecido como “pescaria”, em que a cocaína era levada em lanchas até bem próximo ao navio ancorado, para ser então “pescada” para o interior por algum tripulante aliciado pela quadrilha. Os traficantes mantinham a empresa Kum Turismo, localizada no bairro dos Jardins, em São Paulo, como fachada para mascarar a origem do dinheiro.

 
Os integrantes do grupo, em sua maioria sérvios, eram procurados mundialmente pela periculosidade e potencialidade em crimes relativos ao tráfico de entorpecentes e tem seus nomes na lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

 
Outro método utilizado pelos criminosos que atuavam no Espírito Santo era o de ocultar drogas em blocos de granito/mármore para enviar à Europa. Mas uma fiscalização da Polícia Federal descobriu o esquema e foram encontrados no interior das rochas 179 pacotes de cocaína, totalizando 158,7 kg da droga.

Palavras-chave: Quadrilha; Tráfico; Cruzeiro; Droga; Instalação

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