MP quer parar aula especial para senador em faculdade

MP quer parar com aula especial.

Fonte: G1

Comentários: (5)




Procuradora quer que Marconi Perillo e faculdade paguem indenização para demais alunos. Segundo MP, turma em curso de direito teria apenas dois estudantes, o senador e a esposa.

O Ministério Público Federal de Goiás ajuizou ação na 9ª Vara Federal de Goiânia contra o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) para que ele deixe de freqüentar uma turma especial no curso de direito da Faculdade Alves Faria (Alfa).

De acordo com o MP, o ex-governador de Goiás e a esposa, Valéria Perillo, são os únicos alunos da turma. Sob a justificativa de atender necessidades especiais de Marconi Perillo, [a faculdade] montou uma turma especial com apenas dois alunos: o senador e sua esposa, afirma nota do MP-GO.

A assessoria do senador Marconi Perillo informa que o Ministério da Educação já foi consultado sobre a decisão da faculdade e autorizou o funcionamento da turma especial. De acordo com a assessoria, a única condição imposta pelo MEC foi o cumprimento da carga horária e da assiduídade, previstas em lei.

Ainda de acordo com a assessoria, Marconi Perillo acredita que a ação não deve prosperar. E informa que a faculdade é particular e que existe um acerto por fora?com a direção da Alfa para que o senador possa integrar a turma. Também argumentam que há outros dois alunos, além do senador e de sua esposa, na turma especial.

Tratamento seletivo e privilegiado

Segundo a procuradora Mariane Guimarães de Melo Oliveira, a turma especial viola os princípios da isonomia e da generalidade na prestação de sérviços públicos. Também configura, conforme o Ministério Público, tratamento seletivo e privilegiado sem previsão constitucional ou legal e viola as diretrizes e bases da educação nacional, previstas na Constituição.

Ainda segundo o MP, a ?nova turma? tem aulas especiais, exclusivamente as segundas, sextas e sábados, sempre pela manhã.

O Ministério Público de Goiás pediu a concessão de liminar para determinar à Alfa que encerre imediatamente a turma especial do curso de direito e que os alunos sejam transferidos para salas de aula comuns.

Mas a Alfa tem uma alternativa: o MPF argumenta que Perillo e a esposa podem continuar na turma especial, desde que os demais alunos também possam ter acesso a este tipo de benefício.

Para a procuradora, a faculdade e o casal Perillo devem pagar indenização para os demais alunos. Ela alega que a indenização precisa ser calculada com base no custo de manutenção da sala de aula especial, durante o período em que foi mantida às custas das mensalidades pagas pelos demais estudantes.

Palavras-chave: senador

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/mp-quer-parar-aula-especial-para-senador-em-faculdade

5 Comentários

andre marmo liberal20/10/2007 1:01 Responder

INFELIZMENTE, NOSSAS INSTITUIÇÕES FORAM TOMADAS DE ASSALTO POR BANDIDOS. ALIÁS, ESTAVAM ESSE SENHORES BEM REPRESENTADOS PELO RENAM. PRESIDENTE DE BANDIDOS SÓ PODE SER BANDIDO. INFELIZMENTE, NOSSO VERDE-OLIVA ESTÁ MAIS PARA AMARELO DO QUE VERDE. MAS UM DIA ALGUÉM VAI DAR UM BASTEA NISSO. O POVO ESPERA POR ESSE MILAGRE. ALELUIA.

João Paulo estudante de Direito20/10/2007 17:59 Responder

Isso é uma vergonha!!! é só o que posso dizer diante de um caso como este, o senador acha pouco o que nada faz em Brasilia, tinha que aprontar mais esta.

Eduardo Tahan Advogado24/10/2007 12:05 Responder

Infelismente não culpo os políticos e tampouco os corruptos pela situação em que se encontra o Senado. Sómente quem coloca eles no poder através do voto. Tem aqula parabola que diz: Ele rouba mas faz. Faz o que? Assim, enquanto tivermos o povo votando e bajulando esses criminosos, a situação nunca mudará.

Maria Luiza Dall Bello Professora/Estudante25/10/2007 2:39 Responder

O Sr. Marconi Perillo é ex-governador e agora é senador da República, estuda em uma turma especial do curso de direito na turma especial no curso de direito da Faculdade Alves Faria (Alfa). Na realidade eu não vou citar nenhum princípio, não se faz necessário, pois o mesmo já demonstra não ter princípios, respeito e muito menos ética para participar, ou seja, fazer parte deste tipo de ação. Mais uma vez se prova que nós eleitores elegemos pessoas não capacitadas para a vida pública, pois esta deve ser uma vida de trabalho em função de um coletivo, percebemos neste caso que não existe coletivo e sim causa própria. Usar a máquina pública ou sua influência seja o que for como político fica a desejar. Pobres Senadores os que ainda pensam pelo coletivo o que falar sobre esse assunto ao povo brasileiro, o que responder por saber, e ter provas que mais um colega não tem princípios e nem respeito pela Carta Magna e nem pelo seu país. Maria Luiza

JOÃO Ananias MACHADO BB-Aposentado25/03/2008 2:51 Responder

Vejam como é a "bagunça" na "EDUCAÇÃO" brasileira!

Conheça os produtos da Jurid