MP não recuará diante das ameaças no caso Cachoeira

O Corregedor Nacional do MP afirmou que a procuradoria da República permanecerá no caso, bem como os demais membros do MPF, não pretendendo recuar em razão das graves ameaças

Fonte: CNMP

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“A ameça a um procurador da República é também uma afronta ao próprio Ministério Público.” Foi esse o tom que marcou a visita da comitiva do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a Goiânia, nesta quinta-feira, 28 de junho. Os conselheiros Jeferson Luiz Pereira Coelho, Mario Luiz Bonsaglia e Almino Afonso vieram avaliar as ameaças sofridas pela procuradora da República L.B. e prestar irrestrita solidariedade na condução dos trabalhos pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) no caso Cachoeira.


Corregedor Nacional do Ministério Público, Jeferson Luiz Coelho afirmou que o Ministério Público não recuará na persecução dos envolvidos com a quadrilha armada e que “a procuradora da República permanece no caso, bem como os demais membros do Ministério Público Federal responsáveis pelo trabalho”.


O sentimento de indignação em relação às ameaças estava expresso nas feições dos conselheiros durante a visita. Para Mario Bonsaglia, “é intolerável e inaceitável” esse tipo de coerção. “Estamos aqui para mostrar que somos uma instituição unida e apoiamos o trabalho dos procuradores da República em Goiás. Vamos respaldar a independência funcional dos membros do Ministério Público de qualquer forma”.


Em “alto e bom som”, Almino Fernandes também expressou sua indignação. “Não iremos admitir ameças à autonomia e independência do Ministério Público. Defender o trabalho dos procuradores da República é uma defesa da própria instituição. O MP é uma instituição fundamental para o Estado Democrático e não pode ser ameaçado”.


Além da visita ao MPF/GO, os conselheiros concederam entrevista coletiva à imprensa e se reuniram com o superintendente da Polícia Federal em Goiás, Joaquim Mesquita.


Ameaças


O CNMP vinha acompanhando questão junto aos procuradores desde a primeira ameça. Um primeiro e-mail apócrifo em tom ameaçador foi encaminhado à procuradora da República L.B. no dia 13 de junho. A mensagem dizia que ela havia sido “dura demais" com os envolvidos no esquema de Carlinhos Cachoeira.


Nova mensagem ameaçadora foi recebida pela procuradora da República na última semana. Na sessão do Plenário da terça-feira, 26 de junho, os conselheiros do CNMP decidiram pela ida a Goiânia, de modo a demonstrar o apoio do Conselho.


Denúncia


Em março, após um exaustivo trabalho, ela e os procuradores da República D.R.S. e M.R.O., poucos dias depois de ter sido deflagrada a operação Monte Carlo, conseguiram protocolizar na Justiça Federal a primeira denúncia contra 80 pessoas.


O trabalho continuou, com apoio das demais instâncias do Ministério Público Federal, principalmente para assegurar que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região mantivesse as restrições impostas pela Justiça Federal em Goiás aos acusados e para assegurar a legitimidade das provas.

Palavras-chave: Ameaça; Operação monte carlo; Procuradoria da república; Ministério público

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1 Comentários

irineu advogado30/06/2012 22:39 Responder

Parabenizo a atuação destes representantes do MPF, que embora sabendo das veladas ameaças desse bando comandado por \\\"carlinhos cachoeira\\\", estou certo, não se curvará e levarão todos e outros mais as barras da justiça, ou melhor, para as grades, este sim é o lugar de todos que assacaram e continuam assacando essa Pátria amada, porém, envergonhada e desmoralizada por esse tipo de estrume que contaminou a nação. Avante gloriosos Representates do M.P. Esperamos que a JUSTIÇA ainda frágil neste Pais, não permita que todo esse grandioso trabalho muitas vezes truncado e sacudido por todo o tipo de ameaças, mas levado a cabo pela coragem Ministerial, não seja banalizado em nossas Cortes. É preciso mudar essa funesta imagem que tudo vira em nada.

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