Mantida prisão preventiva de empresário acusado de estelionato
Acusado é suspeito de ter lesado mais de 100 pessoas
A 1ª Câmara Criminal do TJ negou o pedido de revogação da prisão preventiva de empresário acusado de estelionato no norte do Estado, suspeito de ter lesado cerca de 100 pessoas. Ele está preso desde o dia 20 de agosto, quando foi localizado em São Paulo, depois de desaparecer de Joinville após vender apartamentos na planta e que seriam construídos pela sua construtora. Ele também teria utilizado uma loja de materiais de construção para comercializar e não entregar os produtos.
Nas duas situações, as vítimas pagaram valores a ele, que desapareceu da cidade, onde teria deixado prejuízo estimado em R$ 10 milhões para os compradores. O empresário alegou que a prisão preventiva não tinha fundamentação idônea e ressaltou que é réu primário, tem residência fixa e exerce atividade profissional na comarca. Além da liberdade do empresário, os advogados pediram a concessão de salvo-conduto para que seu esposa responda ao processo em liberdade.
A relatora, desembargadora Marli Mosimann Vargas, afirmou que o salvo-conduto não deve ser apreciado por não existir qualquer representação contra a mulher do empresário. Em relação a ele, apontou que a necessidade de garantia da ordem pública está configurada, pelo fato do crime supostamente praticado ser grave e aparentar ter sido cuidadosamente articulado pelo acusado, com o objetivo de obter vantagem ilícita em prejuízo de diversas pessoas que acreditaram na idoneidade das suas empresas.