Law Kin Chong, considerado o maior contrabandista do Brasil, foi condenado há quatro anos de prisão, em regime semi-aberto, e pagamento de multa de 80 salários mínimos pelo juiz Sílvio Luiz Ferreira da Rocha, da 5ª Vara Criminal, informou o jornal O Estado de S.Paulo. Law domina os shoppings centers populares da região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo, onde aluga pequenas lojas a microcomerciantes chineses que vendem, principalmente, produtos contrabandeados.

O juiz negou a Law, que está preso preventivamente, o benefício de apelar em liberdade. Observou que se for solto, dada a sua condição de estrangeiro, o condenado poderá "furtar-se à aplicação da lei penal, ocultando-se ou fugindo do País".

Pedro Lindolfo Sarlo

Outro envolvido no processo, Pedro Lindolfo Sarlo, foi também condenado há quatro anos e seis meses, em regime inicial fechado. Ele está solto e poderá apelar em liberdade. O processo está em segredo de Justiça.

Law foi preso em junho do ano passado, acusado de tentar subornar o deputado Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP), que presidia a CPI da Pirataria. Law teria oferecido dinheiro para não ter seu nome citado no relatório.

Law é acusado de chefiar o esquema, trazendo a mercadoria do Paraguai e da China, parte dela constituída de produtos piratas, que seriam fabricados pelo empresário. Segundo a Inteligência da Polícia Federal, o faturamento mensal de Law chegaria a R$ 50 milhões por mês.