Justiça tira guarda da mãe antes de bebê nascer

Juiz determinou entrega à família substituta, mas depois mudou decisão. Apontada como alcoólatra, mulher perdera guarda dos 4 filhos mais velhos.

Fonte: G1

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Juiz determinou entrega à família substituta, mas depois mudou decisão. Apontada como alcoólatra, mulher perdera guarda dos 4 filhos mais velhos.

Uma mulher grávida, acusada de mendigar com seus filhos nas ruas de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, perdeu a guarda de seu bebê antes mesmo dele nascer. As informações são do Ministério Público.

O bebê nasceu no último dia 8 e, logo em seguida, foi entregue a uma família substituta, que está habilitada para a adoção. Mas, na última sexta-feira (17), o juiz da Vara da Infância e da Juventude da cidade, Marcos Vinícius Miranda Gonçalves, voltou atrás do encaminhamento para a nova família e determinou que o bebê fosse levado a um abrigo. Lá a criança é cuidada pelas chamadas ?mães sociais?.

Os promotores haviam pedido a retirada da guarda dos outros quatro filhos da mulher, que seria alcoólatra.

?Ela já tinha uma ação para destituição do poder familiar dos outros filhos. Quando soubemos que estava grávida de novo, pedimos a inclusão da criança no processo. Ela já foi vista inúmeras vezes alcoolizada na rua, mendigando com as crianças. A pessoa continua com a mesma rotina que já foi prejudicial aos outros filhos. O pedido foi feito antes do nascimento para evitar que ela saísse da maternidade e desaparecesse? contou a promotora Simone Gomes de Souza.

Filhos com destinos diversos

De acordo com a promotora, depois da decisão, a mulher chegou a invadir o abrigo e levou à força uma filha de 2 anos, que ela usaria para pedir dinheiro. A criança teria sido encaminhada à casa dos avós no Ceará. Duas outras crianças ainda viveriam em abrigos, sob os cuidados de mães sociais", e uma outra teria sido adotada.

?No processo, a mãe alegou que esse pai era diferente do das outras e teria condições de exercer o poder familiar, com o auxílio de uma tia paterna, que ficaria com a guarda. O tribunal suspendeu a decisão anterior antes mesmo da realização de um estudo para ouvir essa tia e ver se isso era realmente possível, e a criança foi para o abrigo?, explica Simone, que afirma que a própria defensoria recorreu da decisão de deixar o bebê abrigado.

Cidade teve caso polêmico este mês

De acordo com a promotora, um outro caso polêmico, decidido pelo mesmo juiz, mobilizou o Ministério Público da cidade este mês e já está em fase de recurso.

?Poucos dias depois, nasceu o bebê de uma mãe igualmente complicada, o juiz determinou a suspensão do poder familiar, mas, sem mesmo haver processo, determinou a entrega da criança a um casal habilitado (a adotar) e a autorização para esse casal registrá-lo?, conta Simone.

Palavras-chave: guarda

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