A 1ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo concedeu liminar solicitada pelo governo estadual de São Paulo impedindo os agentes penitenciários em greve de bloquear os acessos às penitenciárias do estado. Parados desde a última segunda-feira (10), no dia seguinte grevistas ligados ao Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado) bloquearam os portões das penitenciárias de Martinópolis e Presidente Prudente, no interior do Estado, impedindo a entrada e saída de veículos com presos que seriam transferidos. Advogados e oficiais de Justiça também eram impedidos de entrar nos estabelecimentos.

Nesta quinta-feira (13), filiados o Sinfuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), ligado à CUT, também decretaram greve. O Sindasp é filiado à Força Sindical. A divisão da representação tem confundido os trabalhadores no sistema prisional, que não sabem a qual comando seguir. O sindicato da Força liberou ontem as visitas íntimas e de familiares neste fim de semana. A decisão é pelo temor de que haja rebeliões. Nesta semana, a inteligência da polícia captou mensagem do PCC dizendo que haveria quebra-quebra nas unidades se não houvesse visitas. O sindicato ligado à CUT, por sua vez, não quer liberar as visitas nem banho de sol.

A Secretaria de Administração Penitenciária informou que, das 158 unidades prisionais do Estado, um terço têm servidores em greve.