O ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Freud Godoy e mais cinco pessoas tiveram prisão preventiva decretada nesta terça-feira pela Justiça Federal do Mato Grosso, por envolvimento na negociação de um dossiê com informações contra candidatos do PSDB, investigada pela Polícia Federal.

Segundo a agência de notícias Reuters, também tiveram prisões decretadas o ex-analista de risco e mídia do comitê à reeleição de Lula - e churrasqueiro oficial da Presidência - Jorge Lorenzetti; o ex-secretário do Ministério do Trabalho e Emprego Oswaldo Bargas; o diretor afastado do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso; o advogado Gedimar Passos e o empresário Valdebran Padilha  estes dois presos há duas semanas com 1,7 milhão de reais (uma parte em dólares) que seria usado para o pagamento do dossiê.

Apesar da determinação judicial, os seis só poderão ser presos na quarta-feira da semana que vem, caso a decisão judicial ainda esteja em vigência. De acordo com a legislação eleitoral, os eleitores não podem ser presos nos cinco dias que antecedem a realização das eleições nem nas 48 horas posteriores ao pleito, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A restrição não vale para pessoas presas em flagrante, o que não é o caso dos seis investigados.

As prisões dos envolvidos foram solicitadas à Justiça pelo procurador Mário Lúcio Avelar no início da semana, juntamente com pedidos de quebra de sigilos bancário e telefônico dos citados. Segundo a agência Reuters, o despacho favorável à prisão só ocorreu na madrugada desta terça, quando já estava em vigor a restrição da lei eleitoral.