Justiça decreta prisão de PMs suspeitos de matar jovem em SP
Apenas um dos policiais foi encontrado, os outros três estão foragidos. Testemunhas afirmam que o adolescente implorou para não ser morto
O juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, da Vara do Júri de Guarulhos (Grande São Paulo), determinou a prisão temporária (por 30 dias) de quatro PMs investigados pela Polícia Civil sob suspeita de ter matado um rapaz de 16 anos e escondido o corpo dele em um matagal.
Até o momento, o comando do 31º Batalhão da PM conseguiu localizar apenas o soldado P.H.B.. A Corregedoria da Polícia Militar o prendeu nesta quarta-feira (18).
Os outros três PMs --E.A.S., E.L.O. e F.H.S.-- são considerados foragidos da Justiça.
Matagal
T.J.S., 16, sumiu após operação de PMs do 31º Batalhão em 17 de março de 2011, no Parque Santos Dumont, periferia de Guarulhos.
O corpo do jovem só foi encontrado no dia seguinte por sua mãe. Ele tinha uma marca de tiro com características de "tatuagem", ou seja, foi disparado à queima roupa.
À polícia, a mãe de T.J.S. disse que um dos quatro PMs suspeitos pela morte do jovem havia o ameaçado de morte 15 dias antes do crime.
Segundo os PMs P.H.B., E.A.S., E.L.O. e F.H.S., T.J.S. estava com outros três jovens e um deles teria atirado contra o carro da polícia e o policial P.H.B. disse ter dado apenas um tiro para o alto.
Uma testemunha, entretanto, diz que T.J.S. implorou aos policiais militares para não ser morto.
Nesta quarta-feira (18/04), o tenente-coronel Belucci impetrou um habeas corpus na Justiça com a finalidade de evitar as prisões dos quatro PMs.
Na segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu que o Estado tem responsabilidade na morte de outro jovem, Y.B.S., 17, e diz que irá indenizar sua família. Ele morreu após ser baleado no sábado por um PM em frente ao prédio onde vivia, em Itaquera.