A Vara do Tribunal do Júri da Comarca da Capital realiza nesta terça-feira (29/9), a partir das 9 horas, na Sala de Sessões do Tribunal do Júri do Fórum Desembargador Rid Silva, o julgamento de Cristiano Oliveira Rodrigues, acusado pela tentativa de homicídio praticada contra Jocimara Aparecida Amorim de Lima. O réu está preso.

Segundo os autos, Cristiano Oliveira Rodrigues é um dos líderes da facção criminosa autodenominada Comando da Vila União - CVU, atuante na Vila União, localizada no bairro Vargem do Bom Jesus, em Florianópolis, que tem como principal atividade o tráfico ilícito de drogas. Para controlar e manter as atividades criminosas e ainda farantir que ninguém seja punido, os membros da CVU agridem e ameaçam os moradores do local. No dia 13 de outubro de 2007, o réu e seus comparsas foram até a residência da vítima e atiraram uma pedra no vidro traseiro de um veículo que estava estacionado no quintal da mesma. Eles correram e se esconderam no quintal da casa de outra comparsa localizado do outro lado da rua. Em razão do barulho ocasionado pelo estilhaçamento do vidro do veículo, Jocimara foi até o quintal, momento em que Cristiano, de surpresa, saiu de seu esconderijo e, com vontade de matar, passou a efetuar disparos de arma de fogo contra a vítima. Mesmo ferida Jocimara conseguiu fugir para o interior de sua residência. Para a acusação, o crime só não se consumou por circunstâncias alheias a vontade do réu, pois além de conseguir entrar em casa e fugir das balas, ela foi socorrida por familiares. Além disso, o crime foi praticado por motivo torpe, já que Cristiano e seus comparsas acreditavam que a vítima teria prestado à polícia informações que culminaram na prisão de Leomar da Silva, traficante da Vila União que fornecia drogas ao acusado, bem como o crime foi praticado mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que primeiro criaram um fato para chamar a atenção e distrair Jocimara e se escondido no quintal de outra casa, efetuando os disparos somente quando ela não poderia notar a aproximação deles. Já no dia 19 de outubro de 2007, o réu e seus comparsas ameaçaram Jocimara, afirmando que iriam matá-la e apedrejaram sua casa por diversas vezes.

O júri será presidido pela juíza Andréia Régis Vaz e deverá contar com a participação de um promotor de justiça designado pelo Ministério Público estadual e do advogado Alexandre José Biem Neuber, que atuará na defesa do réu.

Autos nº 023.08.084380-0