Jurada do conselho de sentença de Bruno é presa por suspeita de tráfico

No bar em que mulher trabalhava foram encontrados pinos com cocaína

Fonte: G1

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Uma jurada que participou do conselho de sentença do goleiro Bruno foi presa por suspeita de tráfico de drogas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime foi no dia 5 de abril no bairro Jardim Industrial. Bruno foi condenado no dia 8 de março a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio.


De acordo com a Polícia Militar (PM), após uma denúncia anônima, militares chegaram até o bar onde a mulher trabalhava. Em uma geladeira, foram encontrados seis pinos com cocaína e uma lista com nomes de supostos devedores.


Também foram apreendidos R$ 527. O boletim de ocorrência foi registrado, de acordo com a PM, como tráfico de drogas e ela foi encaminhada para a delegacia de Contagem. Segundo a Polícia Civil, não foi encontrada droga com a mulher e, por isso, não foi feito o flagrante. Ela foi ouvida e liberada.


O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou que a suspeita participou como jurada do julgamento de Bruno e Dayanne Rodrigues, que foi absolvida das acusações de sequestro e cárcere privado do bebê. O órgão e o Ministério Público Estadual (MPE) informaram que, na época do julgamento, ela não possuía antecedentes criminais.


Um dos advogados do goleiro Bruno, Tiago Lenoir, disse nesta quinta-feira (18) ao G1 que espera as investigações para saber se vai tomar alguma decisão em relação ao júri. “A defesa está aguardando a Policia Civil e o Ministério Público investigar sobre esse fato e ver se vamos tomar alguma medida. Não tem como saber se na época do júri ela estava envolvida com o crime”, disse.


Mais tempo em regime fechado


A juíza Marixa Fabiane Rodrigues Lopes, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), corrigiu o tempo em que o goleiro Bruno deverá permanecer em regime fechado, aumentando o período em 9 meses e 15 dias. A informação foi confirmada ao G1 nesta quarta-feira (3) pelo promotor Henry Wagner Vasconcelos.


Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em decisão do dia 26 de março, a juíza considerou que a sentença condenatória de Bruno omitiu o regime de cumprimento do total da pena. Isso porque o cálculo de progressão de regime para o semiaberto deve considerar os 22 anos e 3 meses de prisão, que é a totalização da pena pelo assassinato de Eliza Samudio e a ocultação de cadáver e o sequestro do filho, Bruninho.


A sentença proferida em 8 de março estipulava um regime inicialmente fechado para a pena de 17 anos e 6 meses, referente ao homicídio, e regime aberto para as penas de 3 anos e 3 meses (sequestro e cárcere) e de 1 ano e 6 meses (ocultação de cadáver).


O TJ não confirmou o tempo de aumento do regime fechado por considerar que o cálculo será feito ao término dos prazos para recursos e porque a progressão da pena é analisada pela Vara de Execuções, que vai considerar ainda outros aspectos, que são tempo de trabalho na prisão e bom comportamento.


O caso


Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.


Em março deste ano, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.


No dia 22 de abril, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santo, o Bola será julgado. Em 15 de maio, enfrentarão júri Elenílson Vitor da Silva, caseiro do sítio, e Wemerson Marques de Souza, amigo do goleiro. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto de 2012. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi absolvido.


Jorge Luiz Rosa, outro primo do goleiro, que era menor de idade na época da morte, cumpriu medida socioeducativa por crimes similares a homicídio e sequestro. Atualmente tem 19 anos e é considerado testemunha-chave do caso.

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