Juíza consegue extradição de condenado com ajuda da Interpol
Um réu foragido da comarca de Peçanha, Vale do Rio Doce, foi localizado no dia 19 de maio, nos Estados Unidos, e será extraditado graças à atuação da juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza junto à Interpol, por meio da Polícia Federal
Um réu foragido da comarca de Peçanha, Vale do Rio Doce, foi localizado no dia 19 de maio, nos Estados Unidos, e será extraditado graças à atuação da juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza junto à Interpol, por meio da Polícia Federal.
E.S.P.F. foi condenado a 18 anos de reclusão, em regime fechado, em júri realizado em novembro de 2012. O júri concluiu que ele instigou e auxiliou uma terceira pessoa a matar uma mulher com disparos de arma de fogo, na cidade de Nacip Raydan, localizada a cerca de 50 km de Peçanha. O crime aconteceu em junho de 2000.
Consta da denúncia que o réu e outros co-réus convenceram o autor dos disparos de que a vítima havia sido a responsável por um atentado que este havia sofrido e ainda forneceram a arma e sugeriram a data do crime.
Na época, E.S. teve a prisão preventiva decretada, mas esta foi revogada logo depois, permanecendo o réu em liberdade provisória. Sua fuga foi constatada em abril de 2001, quando o oficial de justiça foi intimá-lo da pronúncia. Em maio seguinte, foi decretada novamente sua prisão preventiva, uma vez que se encontrava foragido.
Com a condenação do réu em novembro de 2012, a defesa interpôs recurso no Tribunal de Justiça, que foi negado. Os autos retornaram à comarca de Peçanha em 2015.
Ao realizar nova intimação, o oficial de Justiça soube por terceiros que o réu se encontrava nos Estados Unidos. A juíza de Peçanha então oficiou à Interpol, por meio da Polícia Federal, solicitando a divulgação do nome do sentenciado no site público da “Difusão Vermelha de Procurado Internacional”, que foi feita no último dia 6 de maio.
No dia 19 de maio, a Interpol comunicou à juíza a prisão de E.S. nos Estados Unidos, solicitando que providenciasse a documentação necessária para a formalização da extradição no Ministério da Justiça. A magistrada encaminhou a documentação ao Ministro da Justiça em 21 de maio.