Juíza bloqueia contas de empresários investigados por PF
Além de 17 empresários, a juíza Silvia Rocha também mandou bloquear as contas de 13 pessoas jurídicas
A Justiça Federal decretou o bloqueio das contas bancárias de 17 investigados da Operação Fundo Perdido - missão da Polícia Federal (PF) que, no início de março, desarticulou esquema de fraudes contra Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de 107 municípios.
O alvo maior da operação é o empresário Celso Steremberg, "em razão de sua posição de destaque na organização criminosa", segundo a PF. "É o principal articulador da quadrilha." Também é investigado José Eduardo Toledo de Abreu Filho, o "economista-chefe da organização".
O congelamento dos ativos dos integrantes da organização foi ordenado pela juíza Silvia Maria Rocha, da 2.ª Vara Criminal Federal em São Paulo. A decisão é do dia 7 de março. A ordem judicial é para que os valores bloqueados sejam imediatamente transferidos para conta judicial.
A juíza Silvia Rocha também mandou bloquear as contas de 13 pessoas jurídicas - uma rede de empresas de assessoria previdenciária, entre elas a Plena Consultoria de Investimentos, apontada como núcleo central das fraudes com recursos dos RPPSs.
A PF sustenta que a "atuação delitiva da Plena se traduz no contato espúrio com empresas do mercado financeiro, criadoras ou gestoras de fundos de investimento".
Segundo a PF, os alvos cooptavam gestores dos fundos das previdências municipais mediante pagamento de comissões para que investissem nas aplicações sugeridas pela organização criminosa.
A Plena chegou a ser escolhida pela revista especializada em fundos de pensão, "Investidor Institucional" como uma das melhores consultorias de investimentos no País.