Juiz manda Mohammed a júri

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara (foto), da 1ª Vara Criminal de Goiânia, mandou a júri popular ontem (24) Mohammed D´Ali Carvalho dos Santos, acusado de matar a inglesa Cara Marie Burke, por motivo fútil e sem oferecer oportunidade de defesa à vítima.

Fonte: TJGO

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O juiz Jesseir Coelho de Alcântara (foto), da 1ª Vara Criminal de Goiânia, mandou a júri popular ontem (24) Mohammed D´Ali Carvalho dos Santos, acusado de matar a inglesa Cara Marie Burke, por motivo fútil e sem oferecer oportunidade de defesa à vítima. O magistrado justificou a decisão com base na materialidade do fato e na existência de indícios suficiente da autoria. ?A materialidade delitiva dispensa maiores dilargações, vez que restou cristalina perante a prova técnica que veio carreada aos autos?, afirmou o juiz. Quanto à autoria, ele argumenta que ela ?se extrai do interrogatório do acusado, que é confesso e é uma prova inconteste de dúvidas?, argumentou.

Com relação às qualificadoras, Jesseir manteve a do motivo fútil, uma vez que há indícios de que o crime foi cometido porque Cara havia ameaçado contar à mãe de Mohammed, assim como a um policial da Rotam, que ele usava drogas. A gradativa sobre dificultar a defesa da vítima também foi mantida devido aos indícios de que Cara estava ao telefone quando Mohammed lhe atacou a facadas, esquartejando-a posteriormente. ?É um momento em que o princípio da dúvida é investido em favor do social e não pro reo?, explica o juiz.

Quanto ao crime de destruição e ocultação de cadáver, Jesseir sustentou que a materialidade também ficou comprovada pelos Laudos de Exame Pericial de Local de Morte Violenta e de Exame Médico Cadavérico, além de todas as fotografias juntadas aos autos. Durante a Audiência de Instrução Preliminar, realizada no dia 19 de novembro, foi homologada a participação de Cristiano Cardoso da Silva, que teria participação no crime de ocultação de cadáver por ter emprestado o carro a Mohammed. Jesseir, entretanto. não deu acolhida ao delito de corrupção ativa que, na sua opinião, não ficou caracterizado.

O caso

Segundo o Ministério Público, Mohammed matou a facadas a inglesa Cara Marie Burke, no dia 26 de julho, às 17h30, em um apartamento no Setor Universitário. Esquartejou o cadáver e, com a participação de Cristiano, ocultou as partes do corpo. Ainda segundo a denúncia, a motivação de Mohammed seria o temor de que Cara não cumprisse acordo de casamento feito na Inglaterra, onde eles se conheceram. Com o objetivo de obter sua cidadania inglesa, ele propôs a Cara pagar sua passagem para o Brasil, desde que ela se casasse com ele. Eles chegaram a viver juntos, sem qualquer relacionamento amoroso, até a vítima se mudar para um outro bairro. Ela estaria com medo de Mohammed devido ao seu envolvimento com drogas.

Mohammed foi preso às 4 horas de 31 de julho e, no dia 21 de agosto, Jesseir Coelho de Alcântara converteu sua prisão de temporária para preventiva. Segundo informações da polícia, ele confessou o assassinato. Parte do corpo de Cara foi encontrado por volta das 19 horas de 28 de julho dentro de uma mala preta, às margens do Rio Meia Ponte, na BR -153, no Conjunto Caiçara. Ela estava envolvida em lençóis e um cobertor, sem a cabeça, as duas pernas e os dois antebraços. A cabeça, a perna esquerda e os dois braços de Cara foram encontrados no Ribeirão Sozinha, em Bonfinópolis, nos dias 3 e 4 de agosto.

No momento da prisão, Mohammed ofereceu a quantia de R$ 70 mil para os policiais militares para que não cumprissem o mandado e o deixassem fugir.

Palavras-chave: júri

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