O juiz da 2ª Vara Criminal do Guarujá, no litoral de São Paulo (87 km da capital), Guilherme da Costa Manso Vasconcellos, condenou a doméstica Silvânia Clarindo de Sousa em três processos por subtrair crianças e registrá-las posteriormente em nome dela.

As penas somam mais de 18 anos:são 16 anos e oito meses de reclusão por ter registrado as crianças em seu nome e 20 meses de detenção por tê-las subtraído de hospitais da Baixada Santista.

A primeira condenação foi referente ao processo 120/96. O juiz condenou a ré a cinco anos e dez meses de reclusão por ter registrado o menino Alexsandro Vital como se fosse seu filho e a sete meses de detenção por tê-lo subtraído do hospital Santo Amaro, no Guarujá, em 1996.

Para cometer o crime, Sousa se passou por enfermeira e afirmou à mãe da criança que precisava fazer o "teste do pezinho".

Vasconcellos também condenou Sousa no processo 72/04 a outros cinco anos de reclusão por ter registrado a menina Daniele como sua filha e a seis meses de detenção por tê-la retirado do hospital Guilherme Álvaro, em Santos, em 1990, no momento em que a mãe da criança, Márcia Aparecida Jeremias, dormia. Jeremias morreu em 1998 e não conseguiu rever sua filha.

Sousa foi condenada ainda no processo 75/04 a mais cinco anos e dez meses de reclusão por registrar o menino Filipe Francisco Lopes Dantas como seu filho e a sete meses de detenção pela subtração do recém-nascido do colo de sua mãe, que estava no hospital Guilherme Álvaro, em Santos, sob alegação de levá-lo para fazer exames. Ocorrido em 2001, esse foi o caso que teve maior repercussão.

Sousa pode recorrer das três decisões, mas continuará presa na cadeia feminina de Santos, anexa ao 2º Distrito Policial da cidade. Ela ainda responde a mais um processo na 3ª Vara Criminal do Guarujá por ter registrado em seu nome mais uma menina.