Inep discute melhorias na avaliação das instituições de ensino superior

Medidas vão desde a integração com os sistemas estaduais até o incentivo a institucionalização da auto-avaliação das instituições

Fonte: Agência Brasil

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O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) discutiu nesta segunda-feira (14) medidas para melhorar a avaliação do ensino superior em seminário dos dez anos do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior). As medidas discutidas vão desde a integração com os sistemas estaduais de educação e o uso efetivo de tecnologias da informação à institucionalização da auto-avaliação das instituições e o aprimoramento do CPC (Conceito Preliminar de Curso), IGC ( Índice Geral de Cursos)  e do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes).


Os índices são determinantes para a abertura de novos cursos e funcionamento dos que já existem. Entre as ideias citadas está a adoção de computadores no Enade. O exame tem o maior peso nas avaliações, corresponde a 70% do CPC, que por sua vez é usado no cálculo do IGC. O Enade é aplicado em todo o país aos estudantes do último ano de graduação.


Para obter o diploma o estudante deve fazer o Enade, mas não existe um desempenho obrigatório. Por isso, o exame é alvo de boicotes por parte dos estudantes e o peso da avaliação nos indicadores é criticado por institruições de ensino superior, que acabam sendo penalizadas.


Segundo a diretora de Avaliação da Educação Superior do Inep, Cláudia Griboski, ainda não há perspectivas de aplicação da ideia, mas ela explica que, com o uso de computadores, o estudante faria a prova na instituição em que estuda. "Hoje ele tem que sair,  ir para outro local em um domingo. [O computador] facilita a participação do estudante".


Outra ideia em discussão é a utilização da metodologia da TRI (Teoria de Resposta ao Item), em que o valor  de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, um item em que grande número dos candidatos acertaram será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos e vice-versa. A metodologia  é utilizada no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

 
Para que isso seja possível é preciso ampliar o banco nacional da educação superior. O banco é formado por questões elaboradas por docentes que atuam nas áreas avaliadas. Essas questões são usadas na construção das provas do Enade. Segundo Cláudia, o banco tem hoje aproximadamente 6 mil questões. "Levaria mais uns cinco anos para ter a possibilidade de usar essa metodologia".

 
Além das mudanças no Enade, foi discutida a necessidade da interiorização do ensino superior e o papel do Sinaes nessa expansão. Atualmente, 66% dos municípios brasileiros, 3,6 mil cidades, não têm oferta de ensino superior, seja presencial ou a distância, segundo dados do MEC (Ministério da Educação) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Palavras-chave: enade ensino superior direito administrativo

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