Comerciante que disparou a bala que matou um mecânico terá que pagar pensão vitalícia e indenização à filha da vítima, que tinha 7 meses quando o pai morreu

O comerciante Nicodemus Moreira Feitosa foi condenado a pagar indenização de 300 salários mínimos e mais pensão vitalícia de um salário mínimo mensais à Rafaela Oliveira Albuquerque, de 10 anos, filha do mecânico Sandro Márcio Albuquerque, assassinado por ele em 29 de abril de 1997, em Ribeirão Preto.

Feitosa chegou a ser condenado em júri popular a 12 anos pela morte do mecânico, mas recorreu e responde em liberdade. Ele e seu advogado não foram encontrados para comentar a decisão, que cabe recurso.

Albuquerque tentou separar uma briga num bar de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, quando levou um tiro disparado por Feitosa. Na ocasião, Rafaela tinha sete meses de idade e sua mãe, Juliana Constante de Oliveira, estava desempregada, sendo que o pai, que era mecânico, sustentava a família.

Na ação de reparação de danos, o juiz Antonio Roberto Andolfato de Sousa, da 3ª Vara Cível de Rio Preto, concedeu a indenização de 300 salários mínimos por danos morais e a pensão vitalícia de um salário mínimo por mês, que deve ser paga desde a data do crime e com o pagamento dos juros de uma única vez.