O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da 8ª Promotoria Cível de Vitória, propôs mais uma ação por ato de improbidade administrativa em face de Ademar Sebastião Rocha Lima, João Aroldo Cypriano Ferraz, Juarez Fernandes Ramos e Adhemar Nunes Martins por envolvimento em fraudes em uma licitação ocorrida no ano de 2003.

De acordo com a petição inicial, a Câmara Municipal de Vitória, que tinha à época como presidente o vereador Ademar Rocha, abriu procedimento para contratar empresa especializada em serviços de assessoria e consultoria em serviços técnicos administrativos e financeiros, saindo vencedora a empresa Assetel ? Assessoria Técnica Ltda., que ofereceu o menor preço.

Mais duas empresas participaram da licitação, escolhidas pela comissão de licitação: a primeira tinha um sócio meramente figurativo, cujo endereço é o mesmo de João Aroldo Cypriano Ferraz, sócio-proprietário da empresa vitoriosa no certame. Já o representante da outra empresa não reconheceu sua participação naquela licitação, deixando claro que sua assinatura foi falsificada. Não houve, também, nenhuma fiscalização quanto à execução do serviço contratado.

João Aroldo Cypriano Ferraz chegou a exercer, um ano antes, o cargo de diretor-geral da própria Câmara Municipal de Vitória e, recentemente, esteve preso em razão de seu envolvimento em um outro esquema de fraudes em licitações ocorridas no Município de Aracruz, também desbaratado pelo MPES.