Fazendeiro condenado a 126 anos de prisão
Terminou às 21h45 de sexta-feira, 21 de janeiro, o julgamento do fazendeiro Alírio Nunes Leite, acusado de ser um dos mandantes da Chacina de Malacacheta, em fevereiro de 1990. O julgamento que começou às 8h45, no I Tribunal do Júri de Belo Horizonte, terminou com a condenação do fazendeiro a uma pena total de 126 anos de prisão, a ser cumprida em regime fechado.
Terminou às 21h45 de sexta-feira, 21 de janeiro, o julgamento do fazendeiro Alírio Nunes Leite, acusado de ser um dos mandantes da Chacina de Malacacheta, em fevereiro de 1990. O julgamento que começou às 8h45, no I Tribunal do Júri de Belo Horizonte, terminou com a condenação do fazendeiro a uma pena total de 126 anos de prisão, a ser cumprida em regime fechado.
A decisão é do juiz Alexandre Magno Mendes do Valle, que presidiu a sessão do Júri. Ele estipulou as penas de 18 anos de reclusão, pela morte de cada uma das sete vítimas, com base na decisão dos jurados que consideraram o fazendeiro culpado pelo crime de homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas. O juiz aplicou o somatório das penas, tornando-a definitiva em 126 anos com base no artigo 69 do Código Penal Brasileiro.
De acordo com a denúncia o crime foi motivado por disputa de terras entre as duas famílias, a Nunes Leite e a Cordeiro de Andrade. O crime aconteceu em 15 de fevereiro de 1990, quando sete integrantes da família Cordeiro de Andrade foram executados com vários tiros à queima-roupa e armas de diversos calibres.
O promotor Marino Cotta Martins Teixeira Filho sustentou que os irmãos Leite foram os mandantes do crime, contratando os pistoleiros. Ele pediu a condenação de Alírio Leite pelo crime de homicídio qualificado, porque os pistoleiros se passaram por policiais civis e levaram as vítimas para local onde não pudessem fugir.
Outros Acusados
Um dos irmãos acusados de serem os mandantes do crime, Adélcio Nunes Leite, também já havia sido condenado a uma pena acumulada de mais de 100 anos de prisão. Um terceiro acusado de ter ajustado o crime com os pistoleiros, José Nunes Leite, foi absolvido. Nenhum dos pistoleiros foi a julgamento.
Alírio Nunes Leite já foi condenado a 16 anos de prisão por outro crime e cumpria a pena em regime aberto na penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves. Em sua decisão, o juiz determinou que o réu aguarde preso o recurso de apelação, que já foi interposto pelos advogados de defesa na própria sessão do Júri.
O julgamento pela Chacina de Malacacheta foi transferido para Belo Horizonte por determinação da Juíza de Malacacheta, que considerou a influência da família Leite na comunidade local. Os advogados José Maria Mayrink Chaves, o filho dele, Marcelo Vieira Chaves e Grazielle Ribeiro e Silva atuaram na defesa de Alírio Leite .
Ascom5/CondenaçãoChacinaMalacacheta processo: 02401113736-1