Ex-promotor condenado por matar mulher é transferido para presídio em SP

Igor Ferreira da Silva foi levado de delegacia para Tremembé. Ele ficou oito anos foragido da Justiça.

Fonte: G1

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Igor Ferreira da Silva foi levado de delegacia para Tremembé. Ele ficou oito anos foragido da Justiça.

O ex-promotor Igor Ferreira da Silva, condenado a mais de 16 anos de prisão sob a acusação de ter matado a tiros a mulher, Patrícia Aggio Longo, em 1998, foi transferido na tarde desta terça-feira (20) do 40º Distrito Policial de São Paulo, na Vila Santa Maria, para o presídio de Tremembé, a 147 km da capital paulista.

Ele deixou a delegacia às 13h50.

Magro e abatido, ele não falou com a imprensa nesta terça. Na segunda (19), Igor disse que se entregou à Polícia Civil. ?Oportunamente, eu vou falar. Houve violação dos Direitos Humanos. Eu me apresentei. Depois eu vou falar com calma?, disse o ex-promotor. A Polícia Civil de São Paulo, no entanto, informou à imprensa que a prisão foi feita pela equipe de capturas após denúncia anônima.

Invenção

Procurado para comentar o assunto, o delegado seccional Nelson Guimarães afirmou ainda na segunda-feira que a história de que Igor se entregou foi inventada e que ele, na verdade, havia sido preso.

?A delegada colocou inicialmente ?apresentação espontânea?, mas depois corrigiu [e pôs que Igor foi preso]?, disse o seccional. ?O delegado titular fez um adendo [colocando que o ex-promotor foi preso e não apresentado] ao primeiro boletim de ocorrência.?

De acordo com Guimarães, essa mudança e adendo no boletim foi que gerou toda a confusão.

Sobre a denúncia que Igor fez sobre ter havido "violação dos Direitos Humanos", a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo foi procurada pelo G1 para comentar o assunto, mas não se manifestou.

Grávida

Igor era foragido da polícia e foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão, em 2001, pela morte de Patrícia, que estava grávida de sete meses. O crime aconteceu em Atibaia, a 60 km de São Paulo.

O ex-promotor culpa um ladrão que, segundo ele, abordou sua mulher na rua. Segundo ele, Patrícia Aggio Longo foi então sequestrada e morta. Ela levou dois tiros na cabeça. A Procuradoria, no entanto, acusou o promotor de ter matado a mulher. Um teste de DNA realizado mostrou que o bebê não era filho de Igor.

Em 2006, o Órgão Especial do TJ decretou a perda do cargo de promotor. O mandado de prisão do ex-promotor tinha validade até 17 de abril de 2021.

Palavras-chave: ex-promotor

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