O Tribunal do Júri de Maricá irá julgar amanhã, terça-feira (dia 17 de maio), a partir das 9 horas, o ex-policial militar José Carlos de Souza. Ele é acusado de ter matado Patrícia Fernandes Braga com um tiro na cabeça e incinerado seu corpo para ocultar o crime. Também serão julgados Altair Gonçalves Soares, Odísio dos Santos Souza, Paulo Sérgio Vieira Herculano, vulgo ?gordo? e Mário dos Santos Garcia Neto, acusados de terem trocado o cano da arma que José Carlos utilizou no crime, para que este escapasse da perícia policial. O juiz presidente do júri é o Alexandre Oliveira Camacho.

O crime aconteceu na madrugada do dia 17 de fevereiro de 1999, terça-feira de carnaval. Patrícia e mais dois amigos pegaram carona com José Carlos em Arraial do Cabo, com destino a Niterói. Os amigos de Patrícia foram deixados em São Gonçalo e ela, que precisava trabalhar no dia seguinte, prosseguiu com o condutor do veículo, por confiar no mesmo, sendo ele policial militar. Patrícia foi assassinada na Estrada da Restinga, Barra de Maricá.

Segundo a denúncia, que foi recebida pelo juiz em 15 de abril de 1999, ?a motivação do crime foi torpe, repugnante, vil e referente a uma fantasia sexual criada pela mente doentia? do principal acusado, em contraste ?com a boa fé da vítima que só pegou carona com o criminoso por ter que trabalhar no dia seguinte e por se sentir segura, na companhia dos seus colegas e do polícia militar?

O primeiro acusado está incurso no artigo 121, parágrafo segundo, incisos I, IV, 211 e 347 (homicídio qualificado que impediu a defesa da vítima) e os demais, no artigo 347 (fraude processual), parágrafo único c/c artigo 29, ambos do Código Penal.