Ex-diretor-gerente do FMI deve deixar prisão em Nova York nesta sexta

Dominique Strauss-Kahn obteve liberdade sob fiança na véspera. Próxima audiência do caso de abuso sexual deve ocorrer em 6 de junho

Fonte: G1

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O diretor-gerente demissionário do FMI, Dominique Strauss-Kahn, deve deixar nesta sexta-feira (20) a prisão de Rikers Island, em Nova York, onde passou as últimas quatro noites, sob uma acusação de abuso sexual que provocou a perda de seu cargo.


Ele deve ter o primeiro encontro com a família desde sua prisão.


Na véspera, o juiz Michael Obus concedeu liberdade condicional a Strauss-Kahn, mediante pagamento de fiança de US$ 1 milhão.


Ele foi formalmente indiciado por sete acusações de agressão sexual por um grande júri no tribunal de Manhattan, segundo o promotor Cyrus Vance.


Até seu julgamento, Strauss-Kahn terá de ficar em prisão domiciliar em Manhattan, com monitoramento eletrônico e sob supervisão de um guarda armado, que será pago com o dinheiro da defesa.


Ele também terá de pagar uma apólice de seguro de U$ 5 milhões e abrir mão de todos os documentos de viagem.


 
As condições foram propostas pelos próprios advogados do francês.


A promotoria argumentou ao juiz que havia provas "suficientemente sólidas" para o indiciamento e disse ser contra a libertação de Strauss-Kahn mediante fiança.


O indiciamento significa que foram feitas acusações formais ao francês e que o caso pode ir a julgamento se Strauss-Kahn, de 62 anos, se declarar inocente.


Isso deve ocorrer em audiência marcada para 6 de junho. Ele deve se dizer inocente, segundo  seus advogados.


Strauss-Kahn renunciou a seu cargo no Fundo Monetário Internacional na véspera, após ter sido acusado de tentar estuprar uma mulher de 32 anos, imigrante da Guiné, em um hotel Sofitel no sábado passado. Desde então, ele está sob custódia das autoridades americanas.


'Imensa tristeza'


Em comunicado, o FMI anunciou que Strauss-Kahn apresentou sua renúncia esta noite perante o diretório da instituição financeira.


É com imensa tristeza que me sinto obrigado a apresentar ao Conselho Administrativo minha renúncia ao posto de diretor-gerente do FMI”, disse Strauss-Kahn, em comunicado. “Quero dizer que nego com a maior veemência todas as acusações que foram feitas contra mim”, disse.


O FMI informou que, em breve, irá iniciar um processo de seleção para substituir Strauss-Kahn. Enquanto isso, John Lipsky, número dois na hierarquia, assumirá interinamente o comando da entidade.

Palavras-chave: Prisão; FMI; Liberdade; Julgamento; Dominique Strauss-Kahn

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