Ex-diretor critica imprensa e diz que não há organização criminosa na Petrobras
Dizendo-se vítima da imprensa, Paulo Roberto Costa declarou que a Petrobras ?é uma empresa séria e competente? e repudiou a afirmação de que a estatal seja ?dominada por organização criminosa?
Ao abrir seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento da empresa Paulo Roberto da Costa criticou a imprensa, que, segundo ele, publicou fatos irreais, sem lhe conceder o direito de defesa nos 59 dias em que esteve preso. Disse também que a petrolífera brasileira é uma empresa séria e competente:
- Fiquei esse tempo recluso e muita coisa foi dita de forma antiética. Repudio com veemência a acusação de que a Petrobras é dominada por organização criminosa. A Petrobras não é nada disso que está se falando. É uma empresa séria e competente - afirmou.
Paulo Roberto destacou os danos que lhe causaram "as informações sem fundamento" veiculadas pela mídia.
- A imprensa publicou dados sem fundamento. Isso pôs uma pedra em cima da minha carreira. Virei diretor depois de 27 anos de casa. Não caí de para-quedas. Conseguiram neste tempo colocar minha figura e a da minha família numa posição delicada. Trinta e cinco anos não se jogam na lata do lixo como jogaram. Fui diretor da Petrobras durante oito anos. Ninguém fica oito anos como diretor de uma empresa como a Petrobras se não agir com competência e com ética. Tenho família e nome a zelar - ressaltou.
O ex-diretor da estatal foi preso em março pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, que investigou esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Em sua exposição inicial, Paulo Roberto Costa não se manifestou sobre seu suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, também preso pela PF.