Engenheiro que trabalhou de açougueiro em feira livre acusado de homicídio foi absolvido

Sem testemunhas promotoria não sustentou a acusação contra o réu pelo crime cometido há quase 20 anos

Fonte: TJPA

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No primeiro julgamento de maio realizado no Fórum Criminal da Capital, os jurados da 1ª Vara do Júri de Belém, presidida pelo juiz Edamr Pereira votaram absolvendo o engenheiro, ex-professor de Física aposentado, especialista em Física Nuclear Paulo Sérgio Almeida Barreto, 54 anos. Ele respondia por homicídio praticado há quase vinte anos contra o açougueiro Carlos Alfredo Pereira Rodrigues, crime ocorrido no interior da feira livre do bairro da Pedreira, periferia de Belém, em 1996. 


Sem testemunhas de acusação o promotor de justiça José Maria Gomes dos Santos, que atuou no júri, não apresentou a tese acusatória contra o réu por insuficiência de provas. Em defesa do acusado atuou o advogado Edson Antonio Pereira Ribeiro, que apresentou a tese da legítima defesa própria, que foi acatada por maioria dos votos dos jurados. 


O engenheiro civil à época trabalhava de açougueiro num box de carne, da feira livre e era conhecido da vítima, que também ganhava a vida como açougueiro. Ele alegou que não sabia por que o processo ficou retido com o advogado Luciel Caxiado por mais de treze anos, mas, que à época ficou preso por cerca de dois meses após se apresentar à Polícia, no dia seguinte do cometimento do crime.


As duas testemunhas ouvidas, todas trazidas pela defesa do réu, afirmaram que a vítima era arrogante e mal pagador e que costumava agredir os feirantes. Ao responder ao interrogatório o ex-feirante mostrou a cicratiz no rosto que a vítima teria lhe deixado, antes de ser atingido com os golpes de faca desferido pelo réu. Segundo o acusado a motivação do crime foi a cobrança pelo réu de R$ 1000, provenientes da venda da carne que a vítima vendeu, mas, não repassou esse dinheiro ao réu, para pagamento do fornecedor da carne. 
 

Sem conter o choro, o réu se descontrolou em vários momentos do interrogatório e revelou que antes de aplicar as facadas, o feirante teria lhe agredido com "um afiador de Faca", em seu pescoço, mas, que não fora encaminhado nem pelo advogado, nem pelo delegado para fazer exame de corpo de delito. Carlos Alfredo revelou também que atualmente se aposentou da função de professor e luta contra um câncer de próstata e contra o mal de Alzaimer.

Palavras-chave: Homicídio; Absolvição; Feira; Açougueiro; Testemunhas

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