A defesa do empresário de Nova Mutum (264 km norte de Cuiabá), Guerino Ferrarin, protocolou ontem recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele possa responder em liberdade a acusação de estupro contra sua ex-funcionária Nilza de Almeida Martins, ocorrida em outubro de 2007. De acordo com Boletim de Ocorrência (nº 624/2010) registrado por Nilza em 1º de março, ela e sua família vinham sofrendo constantes ameaças por telefone.

Além disso, uma caminhonete sempre parava em sua residência para fazer ameaças. Uma mão imitava o gesto de arma, dando a entender, segundo ela, que seria morta com um tiro. Nas ligações telefônicas ela identificou uma voz masculina, que sempre fazia afirmações como "você vai se arrepender" e "não deveria ter procurado a delegacia".

Preso desde o dia 17, o empresário teve o pedido de liberdade negado junto ao Tribunal de Justiça no dia 26.

Três advogados, ligados à causa trabalhista que a ex-funcionária move contra o empresário, chegaram a ser presos no dia 19. Ele foram acusados por Ferrarin e sua família de extorsão. De acordo com o MPE, os advogados solicitaram o valor de R$ 700 mil para "aliviar" a acusação ao empresário. Eles foram soltos no dia 24.

O advogado de Ferrarin, Ricardo Monteiro, afirmou que seu cliente não representa perigo e que está bastante debilitado com a prisão, devido à sua idade (61 anos).