Empregada confessa que ajudou assassino e dá detalhes do crime

No depoimento, Adriana contou que o namorado havia dito algumas vezes que a filha dos patrões era 'muito bonita e gostosa', o que teria provocado alguns atritos entre o casal por causa de ciúmes.

Fonte: Globo Online

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BRASÍLIA - Em depoimento na 10ª delegacia de polícia do Lago Sul nesta segunda-feira, a empregada doméstica Adriana de Jesus Santos, de 20 anos, contou à polícia, com riqueza de detalhes, como ela e o caseiro Bernardino do Espírito Santo Filho, conhecido como Junior, mataram a estudante de pedagogia da Universidade de Brasília (UNB) Maria Cláudia Siqueira Del Isola, de 19 anos.

No depoimento, Adriana contou que o namorado havia dito algumas vezes que a filha dos patrões era 'muito bonita e gostosa', o que teria provocado alguns atritos entre o casal por causa de ciúmes. Numa das brigas, Adriana inclusive teria apanhado de Bernardino por reclamar dos comentários dele. Segundo Adriana, o caseiro lhe disse que ia transar com a filha dos patrões e roubar cerca de R$ 2 mil que ela tinha guardado em um armário e que precisava de sua ajuda. A empregada contou aos policiais que concordou porque tinha raiva e ciúme de Maria Cláudia porque 'ela era rica e bonita'.

A empregada contou que foi acordada por Bernardino às 5h do dia 9 e este lhe falou que seria naquele dia que consumaria o crime. Após os pais da menina saírem de casa, os dois cavaram um buraco embaixo da escada do depósito da casa e Adriana serviu o café a Maria Cláudia. Logo depois, a estudante foi atraída para o jardim por Bernardino, que disse que precisava conversar com ela. Adriana seguiu os dois com um pedaço de corda, usado pelo caseiro para amarrar a menina, enquanto a empregada colava a boca de Maria Cláudia com fita crepe. Eles então jogaram a menina no chão, tiraram sua roupa e Bernardino a estuprou, enquanto Adriana segurava suas pernas. Depois, Bernadino pegou uma faca e desferiu vários golpes na menina.

Os dois a jogaram em um buracono terreno da própria casa onde morava com a família, no Lago Sul, o bairro mais nobre do Distrito Federal.Bernardino limpou o sangue que havia no chão, jogou as roupas da menina no lixo e subiu para o quarto dela, onde pegou os R$ 2 mil e deu R$ 500 a Adriana.

A empregada foi transferida nesta tarde para o Presídio Feminino do Distrito Federal, no Gama. O caseiro Bernardino do Espírito Santo Júnior fugiu para o estado da Bahia, levando R$ 2 mil da vítima. Segundo a polícia, um taxista reconheceu tê-lo levado a um hotel próximo à rodoviária de Feira de Santana dias depois do crime.

Segundo a polícia, a jovem estava desaparecida desde quinta-feira passada. Ela ligou para a mãe avisando que sairia com uma amiga, mas o carro de Maria Claudia ficou na garagem.Maria Cláudia era filha de Marco Antônio Almeida Del Isola, diretor do Colégio Marista de Brasília. A princípio, a família acreditava que Maria Cláudia tivesse fugido de casa, já que deu falta de R$ 2 mil que estavam guardados no cofre. No entanto, seus pais acharam estranho que a garota tivesse saído de casa apenas com uma mochila.

Neste domingo, os investigadores foram até a casa e sentiram um forte cheiro no andar debaixo. No vão da escada, que a família usava como depósito, os policiais descobriram o corpo da jovem. O corpo foi encontrado com as mãos amarradas e com um saco plástico na cabeça. O facão usado no crime foi apreendido. O enterrro aconteceu nesta segunda-feira, no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

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