Em depoimento no TJDFT, delator da "Caixa de Pandora" confirma mesada a ex-presidente da CLDF

Testemunha afirmou que pagou mensalmente ao ex-presidente a quantia de R% 50 mil reais, de março de 2003 até dezembro de 2007

Fonte: TJDFT

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Ao ser ouvido nesta terça-feira (15/05) como testemunha D.B. afirmou que pagou mensalmente a L.P., a quantia de R$ 50 mil, de março de 2003 até dezembro de 2007. Ele ainda afirmou que além dessa quantia ainda houve o pagamento de R$ 20 mil para cada votação de crédito suplementar ocorrida durante o tempo em que L.P. foi Presidente da Câmara Legislativa. O depoimento foi dado em audiência de instrução e julgamento presidido pelo Juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública, no processo de improbidade administrativa a que responde L.P..


Em seu depoimento, D.B. afirmou que quando as empresas de L.P. não participavam de licitações, ele extorquia os demais concorrentes. Esse teria sido o motivo da reunião em que eles aparecem em vídeo fazendo o que acabou sendo conhecido como a "oração da propina". L.P. estaria pressionando um empresário do Paraná para que lhe pagasse 5% do valor de um contrato a ser firmado com o GDF. A reunião teria por objetivo alertar L.P. para que não continuasse a exercer esse tipo de pressão.


D.B. disse que todos os parlamentares da base aliada do Governo Arruda receberam R$ 420 mil para votarem a favor do Plano Diretor do Ordenamento Territorial (PDOT) do Distrito Federal.


Antes de D.B., L.P. foi inquirido pelo Juiz. O ex-presidente da Câmara Legislativa afirmou que o vídeo, no qual aparece colocando dinheiro nas meias, retrata o momento em que recebeu cerca de R$ 20 mil de D.B. para financiar sua campanha política. E que isso teria acontecido outras três ou quatro vezes.


Ele afirmou que a reunião na qual aparece fazendo a "oração da propina", diferentemente do que afirmou D.B., tinha por objetivo tratar da indicação da deputada distrital Eliana Pedrosa para um cargo de Conselheira do Tribunal de Contas do Distrito Federal.


Ao ser indagado sobre os cerca de R$ 80 mil em espécie, encontrados em sua casa pela Polícia Federal, L.P. afirmou que o dinheiro estava reservado para atender a alguma emergência médica ou de viagem, e que a origem dos recursos era proveniente de salários e de ajuda da família.


O depoimento de G.M., Secretário da Casa Civil do Governo Arruda, foi dispensado, como também o depoimento de R.C.B.J., ex-deputado distrital. A defesa de L.P. insistiu na convocação de J.B.A. para depor, mas como ele mudou para São Paulo, não foi possível a sua intimação para comparecer em juízo nesse caso. O Juiz Álvaro Ciarlini deu um prazo de 10 dias para que os advogados apresentem o novo endereço do ex-governador. A próxima audiência ficou marcada para o dia 24 de maio, quando deverá ser ouvido, na condição de testemunha, D.L., ex-chefe de gabinete de J.B.A..

 

Processo nº 53036-4

Palavras-chave: Mesada; Depoimento; Testemunho; Pagamento; Improbidade administrativa; Extorsão

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