Em congresso do PT, Dilma defende ajuste fiscal e pede apoio de militantes
O ajuste fiscal, idealizado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi alvo de críticas internas no PT e algumas medidas tiveram votos contrários de deputados e senadores do partido quando passaram pelo Congresso Nacional
A presidenta Dilma Rousseff disse na noite de ontem (11), durante a abertura do 5º Congresso Nacional do PT, que o governo teve a coragem de fazer os ajustes fiscais e pediu aos militantes que apoiem as medidas e ajudem a defender sua gestão de críticas. Segundo Dilma, as mudanças na economia não reduzem o compromisso do governo com as causas defendidas historicamente pelo partido.
O ajuste fiscal, idealizado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi alvo de críticas internas no PT e algumas medidas tiveram votos contrários de deputados e senadores do partido quando passaram pelo Congresso Nacional.
“Esse é o momento para dizermos que nós somos um governo que tem a coragem de realizar ajustes e que faz esses ajustes para dar sustentabilidade, continuidade, perenidade e fazer avançar o projeto de desenvolvimento, de mudanças, que adotamos desde 2003”, disse a presidenta, que desembarcou em Salvador para o congresso após viagem de dois a Bélgica, onde participou da 2ª Cúpula dos Estados Latinos Americanos (Celec) e União Europeia.
Dilma reiterou aos militantes do partido o discurso que tem feito nos últimos dias de que as medidas do ajuste fiscal vão garantir a estabilidade da economia e a retomada do crescimento. “Eu vim para assegurar a cada militante petista que temos uma agenda forte, consistente, de medidas, que vão garantir a retomada do crescimento, a continuidade e o avanço do processo de inclusão, de ascensão social do nosso povo.”
A presidenta reconheceu que as críticas internas são “necessárias”, mas pediu apoio dos militantes e disse que precisa do partido ao seu lado. Segundo Dilma, os defensores do PT precisam estar municiados contra os que torcem pelo fracasso do governo.