É preciso compreender fuga de Pizzolato, diz Marco Aurélio

Ministro do Supremo afirma que o ex-diretor do Banco do Brasil, foragido na Itália, tentou escapar das 'condições desumanas' das cadeias do país

Fonte: Veja

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Responsável pelo habeas corpus que permitiu ao banqueiro Salvatore Cacciola fugir do país em 2000, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta terça-feira que “é preciso compreender a angústia” e a decisão do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato de deixar o país para escapar da prisão.


Condenado a doze anos e sete meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato no processo do mensalão, Pizzolato fugiu para a Itália para fugiu para a Itália e está na lista dos procurados pela Interpol.


“Precisamos compreender a angústia de quem está condenado. É natural a pessoa tentar escapar, principalmente conhecendo as condições desumanas das nossas penitenciárias. Então, como ele tinha dupla nacionalidade, saiu do Brasil para se ver livre do que seria o recolhimento a uma das penitenciárias. Isso nós precisamos compreender”, disse o ministro do Supremo.


Em seguida, Marco Aurélio também rebateu acusações de leniência do poder público por deixar Pizzolato fugir. “Não houve [leniência]. O Brasil tem fronteiras muito longas e abertas.”


Marco Aurélio ainda criticou a decisão do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, em expedir os mandados de prisões de doze mensaleiros condenados no final de semana. “Até hoje não entendo o motivo pelo qual vieram para Brasília. O cumprimento se dá onde o réu, o reeducando – e tomara que todos saiam reeducados –, tem raízes, domicílio."

Palavras-chave: condição desumana mensalão direito penal

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1 Comentários

Jos? Augusto Ara?jo Pereira advogado21/11/2013 1:59 Responder

O Excelentíssimo Ministro Marco Aurélio, nunca me surpreende, ele tem a noção exata do direito, entende a natureza humana. É humano! Quem de nós, num ato impensado, sujeito à jurisdição, não aceitaria de bom grado, uma pena desenhada por este grande homem. Que tem sensibilidade. Quem ainda não pensou nessa possibilidade deve começar a pensar. Antes deste emblemático julgamento, os advogados, em derradeiro argumento, podiam, manejar a tese de que os \\\"intocáveis\\\" eram beneficiados pelo sistema. Como advogado preferi continuasse assim, pois estava no inconsciente do julgador essa vantagem que eles \\\"os intocáveis\\\" detinham, e por certo afetou o ânimo de vários julgamentos. Hoje, esse argumento não vale. A partir de agora devemos pensar que \\\"até eles\\\" foram condenados e reclusos, que pena da sociedade. Imaginem o PODER dos juízes e dos órgãos afins. Penso! Este julgamento põem em prática um ditado judeu: \\\"na frente de um cego, não ponha obstáculo\\\" Servidor público vai se sentir semi-deus e vai tropeçar. A sociedade brasileira não está preparada para isso, ingenuamente, aplaude, mal sabendo que quem aplaude será o próximo. Vale o comentário feito pelo Arnaldo Jabour, no jornal da Globo, que vai ao ar às 23h, a respeito do fiscal vitimado na última operação realizada na Prefeitura Municipal de SP. Segundo Jabour, um deles postou no facebook ser contra um determinado tipo de crime, que no momento não me vem à mente e houve seguidores. Ele, o fiscal, um suposto corrupto, um cruzado. É de PASMAR! Resta uma pergunta: A sociedade está preparada para esta revolução, tem consciência dos seus atos?

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