Dupla cidadania não impede extradição de Pizzolato, dizem promotores

Os promotores da Itália já recomendaram a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil

Fonte: Estado de S.Paulo

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O Ministério Público italiano considera que o fato de Henrique Pizzolato ter dupla cidadania "não é uma condição suficiente" para impedir sua extradição. O ex-diretor do Banco do Brasil, que está preso no país europeu desde fevereiro, foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento com o mensalão.


O Estado revelou ontem (23) que os promotores da Itália já recomendaram a extradição de Pizzolato. O caso será agora avaliado pela Justiça de Bolonha na segunda metade de maio.


O brasileiro fugiu para a Itália em setembro do ano passado após o Supremo rejeitar seus recursos. Pizzolato usou passaporte falso de um irmão morto há mais de 30 anos. Em fevereiro deste ano, ele acabou sendo descoberto na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, no norte da Itália, e levado para a prisão da vizinha Módena.


No início de abril, o Ministério Público italiano protocolou o pedido de extradição, chancelando a posição das autoridades brasileiras. No documento, os promotores italianos consideram que Pizzolato não sofreu nenhum processo político no Brasil, como argumentado pelo ex-diretor do Banco do Brasil na defesa que entregou no país europeu.


Pizzolato ainda apostava no fato de que, tendo nacionalidade italiana, poderia evitar uma extradição. Mas o Ministério Público italiano acabou não acatando o argumento. Para os promotores de Bolonha, o passaporte não serve como uma "forma de proteção a criminosos".

Palavras-chave: direito penal mensalão extradição

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