Crianças é que estão sendo punidas sem contato com a mãe, diz advogada

Pais recorrem pelo direito de reaver as filhas que foram levadas para abrigo. Advogada entrou com pedido em nome das crianças para ser amamentadas

Fonte: G1

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“As criaturas que estão sendo punidas são as crianças que estão sem o direito de sequer ter o contato diário com a mãe. Há mais de um mês estamos tentando o direito de amamentação (...)”, disse a advogada Margareth Zanardini, que defende o casal que teve as filhas trigêmeas levadas para um abrigo por decisão da Justiça.


As trigêmeas nasceram de inseminação artificial e uma delas teria sido rejeitada pela família após o nascimento em uma maternidade de Curitiba, no dia 24 de fevereiro deste ano. Segundo o médico que implantou os embriões na mulher, Karan Abou Saad, o pai esperava que o tratamento resultasse no nascimento de no máximo dois bebês. Uma liminar determinou que as três crianças fossem levadas pelo Conselho Tutelar, depois de a maternidade ter acionado o Ministério Público. O caso segue em segredo de justiça.


Em entrevista ao G1, a advogada disse que a história de que o pai teria tentado abandonar uma das filhas no hospital é verídica “somente em partes”. Contudo, Zanardini não apresentou a versão do casal, cliente dela, para o caso. O processo corre “sob segredo de Justiça e nem sei como vieram essas informações para a imprensa. A maioria delas equivocadas e inverdadeiras (sic)”, afirmou a advogada.


Um pedido, em nome das crianças, enviado à Justiça solicitando o direito de ser amamentadas e visitadas pela mãe resultou na concessão de uma visita semanal de duas horas. “No Estatuto da Criança e do Adolescente é estabelecido que se deve priorizar o convívio familiar”, ressaltou Zanardini.


Durante esta semana, a advogada do casal vai tentar uma nova liminar para que os clientes tenham acesso às filhas. A maternidade onde as meninas nasceram, e responsável em acionar o Ministério Público, não se pronuncia sobre o assunto.


Karan Abou Saad informou que os pais sabiam que nasceriam três bebês desde os primeiros exames da gravidez. Em entrevista ao G1, o médico disse que em 36 anos de profissão nunca tinha visto uma situação destas. "Pra mim é uma novidade, nunca vi um casal rejeitar um filho após um tratamento para engravidar", afirmou.

 

Palavras-chave: Crianças; Inseminação Artificial; Abrigo; ECA; Advogada

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4 Comentários

Beatriz advogada04/04/2011 23:49 Responder

É lamentável!

Estela analista de contratos05/04/2011 10:05 Responder

é uma tristeza saber que existem pessoas com esse tipo de atitude... tantas pessoas querendo engravidar e ter filhos... pessoas pobres de espirito....

Carine Advogada05/04/2011 10:09 Responder

É inacreditável!!! Na verdade, o casal não pode ser único punido nesta situação, pois a reprodução assistida está banalizada, o correto é que um médico ou clínica que se preze ofereça um tratamento/acompanhamento psicológico adequado aos casais que desejam realizar este tipo de procedimento, verificar qual a real intenção deste casal, se é gerar uma vida e se responsabilizar por ela, ou se é um simples forma de amenizar a frustração de não poder ter filhos. è fundamental uma preparação para situações imprevistas como nos casos em que nasçam mais bebês do que o esperado, a possibilidade de a criança nascer com problemas de saúde, afinal não são tudo flores, assim como também não são nos casos de gestação natural. Ocorre que pelo simples fato de investirem larga quantia em dinheiro com esses procedimentos, o tratam 9 médicos e pacientes) como se fosse um produto comercializável, mas afinal estamos falando de vidas, e esta por enquanto não tem preço! Ainda bem?!

wilma Souto Maior Pinto advogada05/04/2011 19:44 Responder

Não discordanto ,de todo,do comentário da colega que me antecedeu . que tem procedencia no meu modesto ponto de vista, porem ,considero portuno, tão somente enfatizar que as crianças ~devem ser alimentadas pela mãe ,essa proibição constitui uma falta grave. Como é de conhecimento público e notório a fase de amamentação, com o leite materno é de suma importancia para o recem nascido. Por que proibir essa mãe desse DEVER. ? Tal atitude constitui uma ilicitude até.!;e mais não podemos julgá-la sem conhecimento exato da causa que a levou a se livrar de um dos trigêmios. Pode até ter sido originado por um problema psíquico-puerpério, quem sabe? O certo, repita-se é que as crianças não poderão sofrer, com abstenção de seu alimento primordial, às suas sobrevivencias saudáveis.

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