CPI do Rio pede quebra do sigilo bancário de Waldomiro ao STF
A Assembléia do Rio entrou com mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o Banco Central para obter a quebra do sigilo bancário do ex-presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio) Waldomiro Diniz.
A Assembléia do Rio entrou com mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o Banco Central para obter a quebra do sigilo bancário do ex-presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio) Waldomiro Diniz. O BC negou pedido da CPI que investiga a gestão de Waldomiro na autarquia fluminense, alegando só poder atender ao pedido por ordem judicial.
Segundo os deputados fluminense, o pedido encaminhado ao Banco Central estava "adequado e plenamente fundamentado". Eles dizem ainda que as informações são necessárias à continuidade das investigações sobre a atuação de Waldomiro no órgão, de fevereiro de 2001 a dezembro de 2002.
De acordo com o mandado da Assembléia do Rio, o BC afirmou que o Legislativo estadual "não pode ter acesso às operações ativas e passivas e aos serviços prestados pelas instituições financeiras" e que a quebra só poderia ser feita "com autorização do investigado ou por determinação judicial". O relator da ação é o ministro Joaquim Barbosa, que não tem prazo para julgar.
Frente a frente
Na última segunda-feira a CPI promoveu uma acareação entre Waldomiro e o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para confrontar versões diferentes prestadas em depoimentos anteriores. Os dois divergiram mais uma vez.
O ponto de partida da investigação surgiu em 13 de fevereiro deste ano, quando a revista "Época" divulgou uma reportagem sobre uma fita de vídeo, gravada em 2002 por Cachoeira, na qual Waldomiro foi flagrado pedindo ao empresário propina e contribuições para campanhas eleitorais. Na época, Waldomiro era presidente da Loterj.